15 dezembro 2016

15/12/2016

Hoje é o primeiro dia de férias.
Aconteceram eventos inimagináveis na história da minha vida no ano de 2016.  Terminei 2015 com aquele ar de "TENHO QUE REAGIR À VIDA", deixei minha zona de conforto e fiz uma viagem pra Campo Grande, algo que havia prometido não fazer com todas as forças. Depois fui pra Mogi. E então passei metade de um ano sem memórias (porque nada consigo lembrar nada daquele tempo).
Prestei vestibular em julho, lembro que pensei "nossa, esse povo é de exatas", porque ninguém tinha comida por perto e eu estava doida pra comer meus lanchinhos. Passou rápido, gabaritei Matemática e História. No caminho pra encontrar meu pai fora do prédio, olhei ao meu redor e pensei: "Será que é aqui que vou estudar todos os dias?" Na hora da correção os resultados foram promissores e imediatamente senti um grande peso sair das minhas costas. Êxtase e vontade de criar; sempre sinto isso quando algo grande acaba e finalmente posso me ver livre.

Tempos sem escrever, habilidades enferrujadas; são meses sem falar besteiras. Como consegui?

Lembro que me deslocar no dia da inscrição com minha mãe me fez pensar se iria aguentar fazer aquilo sozinha todos os dias. Fiz a inscrição com cautela, mesmo assim confiante pelo meu futuro. No primeiro dia a aula da Cristina me fez temer a vida universitária. Ninguém se falou nos primeiros dias, mas as panelas já estavam próximas a se formar e a tornarem-se quase que indestrutíveis. Foi difícil fazer contato e ainda sinto que estou deslocada mas, nesse meio tempo, percebi que minha capacidade de comunicação é maior do que eu imaginava.

Apresentei dois seminários, aliás. O primeiro de Redes foi uma vergonha, esqueci quase tudo o que tinha que falar e saí da frente da sala com uma sensação terrível. Reclamando pras pessoas percebi que todas do grupo tinham ido meio mal e, afinal, são experiências.
O segundo, sobre o Grupo Pão de Açúcar, começamos uma semana antes do dia da apresentação e tudo o que eu queria naquele momento era desistir. Desistir do curso, do seminário; nada daquilo mais fazia sentido. Conforme o trabalho foi terminando, comecei a aceitar a ideia de ter que apresentar de novo.
Comecei o dia com postura, tendo a atitude que eu precisaria mais tarde. Dei meu whatsapp pra um completo estranho e incorporei minha versão mais determinada. O ambiente - silencioso, sem microfone e o pensamento de estar falando somente para o professor, com as pessoas apenas de figurantes (realmente estavam, uma vez que é tão fácil dormir durante esses seminários) me deixou mais confiante. Entrei para falar quase no final da apresentação com voz trêmula mas atitude de poder e, conforme despejava tudo que estava na mente depois de tanta pesquisa, via a cara do professor - que minutos antes quase tinha caído no sono -, olhar em meus olhos e acenar como quem diz "vai em frente", alternando com momentos de leitura do relatório impresso que ele tinha em mãos. Pensei:

Ou esse cara tá tentando me ajudar porque minha voz tá trêmula de nervoso;

Ou eu tô falando várias merdas ele vai me dar uns esporros depois.

Acabou que ele fez algumas perguntas sobre o Procon e as dívidas do grupo Casino (essas eu não soube responder e dei umas enroladas) e deu seguimento às próximas falas. Quando terminamos, ele nos encurralou perguntando onde estava o relatório - QUE FOI BASE PARA A APRESENTAÇÃO INTEIRA - na bibliografia. E então disse que tínhamos falado mal da concorrência (EU) e faltava autocrítica. E gostou da menção aos mercados atacadistas. "Vocês falaram muito em nome da empresa".

O momento passou mas, como sempre, meu coração continuou ligado àquele momento, tentando desesperadamente me desculpar pela falta das respostas que ele tinha pedido, mas mantive a cabeça erguida e simplesmente me despedi e fui embora.

Ontem descobri que tive a maior nota do grupo. Tão feliz. Finalmente algo em que consegui mostrar ação - os meus maiores medos estão se tornando minhas maiores paixões.

26 novembro 2016

26/11/2016

Perdi o costume de escrever, então digitar isso aqui pode ser um pouco difícil.

Passei em Comunicação e Expressão e Sistemas de Informação, tirei uma nota inesperadamente azul na P1 de Administração Geral (devo isso à fabulosa habilidade de encheção de linguiça que desenvolvi durante os anos, porque não estudei nada além de um resumão numa folhinha), apresentei um seminário de SI em que entrei em pânico e quis enfiar a cara na terra depois, levei dois bolos quando tentei cabular os seminários pra ir pra Paulista, experimentei um amor que eu nem sabia que poderia e no fim acabei concluindo que realmente não posso. Pessoas são estranhas. Eu sou muito estranha.

Hoje é um dos sábados em que me permiti acordar às 7 da manhã, enfiar roupas de molho num balde e estender no varal os panos de cama e travesseiros que uso - já que minha narina esquerda acordou entupida, meus olhos ardendo e minha cabeça doendo: sinal que algo de errado não está certo.

Vários pensamentos sobre minha imagem física têm surgido, trazido várias paranoias, me feito passar mais tempo em frente ao espelho. No fim (apesar de eu ter certeza de que esse é só o começo), só quero poder dar risada e fazer os outros rirem. O resto é lucro.

Estou passando mais tempo do que gostaria em frente ao computador.
Estou postergando meus momentos de lazer.
Estou tratando computador como diversão, mas, a partir desse momento, é trabalho.





11 novembro 2016

12/11 ~ 19/11

  • Algo que ouvi:
M.I.A. - Matangi (álbum)
M.I.A. - Y.A.L.A. 
M.I.A. - Come Walk With Me
  • Algo que assisti:
Steven Universe - S01E01
Greys Anatomy - S11E06~07
  • Algo que cozinhei:
Macarrão parafuso com molho, macarrão parafuso com salsinha.

  • Algo que experimentei:
oLeite com farinha de milho


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Me sinto amada. Passei tanto tempo sem escrever porque muito estava acontecendo - aqueles minutinhos depois da hora de dormir que usei pra conversar me deixaram cansada, o que me fez tirar uma soneca da tarde e assim sucessivamente, até que todo esse período tenha ficado sem relatos.
Tenho trabalhos da faculdade a fazer, mas só consigo pensar em outras áreas da minha vida - em como me relacionar com as pessoas ao meu redor, em como deixar as inseguranças de lado. Acredito completamente que, se eu conseguir desenvolver essas áreas, todas as outras ficarão mais fáceis de lidar.

É intenso conviver com pessoas que amamos; temos dias eufóricos e dias melancólicos. Tudo me ensina sobre o que realmente importa e o quão insignificantes são as pequenas preocupações.

Sinto que é tempo de aprender a conciliar essas áreas. Já fiz um bom progresso e é hora de dar um passo a frente.

29 outubro 2016

Manhã

Nada é mais como no Ensino Médio e nada é mais como no ano passado. Nos tempos de escola, acordar costumava ser uma tarefa estressante - principalmente no último ano, quando a pressão que o tempo fazia era intensa e eu chegava a ter sonhos comigo perdendo a hora e, consequentemente, a condução. Quando acabou, minhas manhãs passaram a ter horários livres (apesar de nem sempre desregulados) e meu sono costumava ser uma das últimas preocupações possíveis.

Nos últimos três meses, o despertador do celular tem tocado às 05:15. 

Abro os olhos, passo alguns segundos lembrando de pessoas e momentos que me deixaram feliz nos últimos dias e então vou direto pro quarto do meu pai, onde tem um espelho enorme no qual eu consigo um reflexo dos pés à cabeça - o que, convenhamos, não é muito difícil para quem tem 1,55 de altura. Pego um pente na prateleira e curvo as pontas do cabelo para dentro, para que ele não fique esvoaçado pelo resto do dia. A essa hora, papai já está acordado, fez café e agora reclama e procura pela casa o que fazer. 

Enxáguo a boca e lavo o rosto, pensando no que vou vestir hoje: quais roupas eu já usei essa semana? Quais estão limpas?. Pego o celular, levo até à janela da sala - onde tem alcance do wi-fi - procuro por "clima" no Google e checo a máxima temperatura por volta das 12h. Droga. 30ºC. 

Passo pela cozinha observando na mesa o que vou pegar para comer correndo e nela tem pães. Pães por todos os lados, nada mais que pães. Pão doce, pão francês, pão sovado. Entro no quarto e procuro uma calça jeans, uma camiseta, um casaco e um par de meias. Dentro do banheiro, visto tudo relativamente rápido e coloco o par de meias na janela da sala, porque é lá que estão os all stars brancos que eu vou usar hoje.

Lavo as mãos, pego um pedaço de um pão qualquer e como enquanto checo e respondo as mensagens do dia anterior. Papai me apressa, acrescenta cinco minutos à hora que marca no relógio analógico da parede da cozinha e eu revido, corrigindo o horário. Dentro da minha cabeça, no entanto, surge um senso de urgência e começo a verificar os itens principais; coloco cinco reais no bolso direito da calça, dez no bolso esquerdo, a chave de casa no bolso do casaco, vejo se na mochila tem o livro que devo à biblioteca, o livro para ler no metrô, a apostila de português, o caderninho, o estojo, a garrafa d'água cheia pela metade, a carteira com dinheiro, a carteirinha de estudante, o bilhete único e o guarda-chuva. 

Escovo os dentes, passo protetor solar no meu rosto que está ressecado de tanto dormir virada para o lado direito da cama e termino com um pouco de batom quase rosa porém vermelho que raptei ainda novo das bagunças da minha mãe. Passo pela prateleira com perfumes, pulo aquele que tem cheiro de armário de vó e escolho o único que gosto porque, apesar de não ser meu costume, ajuda, de alguma forma, a me sentir confiante.

Então já são 6:00 e é tempo de partir. Coloco os sapatos o mais rápido possível, a bolsa nas costas, faço uma cama improvisada para cada uma das cachorras, fecho a porta e desço as escadas correndo.

O caminho até o ponto é feito em iluminação precária, salvo pela luz da enorme lua cheia. Corremos, meu pai e eu, pela subida íngreme e esperamos os carros nos darem uma trégua até ser possível atravessar a rua. Esse lugar devia ter uma faixa de pedestres. Ao lado, os carros na rodovia em sentido contrário ao que estamos andando fazem o vento confrontar nossos rostos e cabelos, até que finalmente chegamos ao ponto, que está totalmente vazio.

Ônibus passam o tempo todo, mas só às 6:10 aquele que eu pego chega e então eu aceno para meu pai e dou o sinal para o motorista parar. Digo "Bom dia" com um breve sorriso, procuro um espaço livre para me encaixar sem ter problemas com equilíbrio e coloco o bilhete no bolso mais próximo. São quase trinta minutos em que penso novamente nos bons momentos que têm acontecido, no que fazer com o tempo livre, observo a paisagem que não mudou quase nada desde a primeira vez em que fiz esse trajeto e, com olhares furtivos, leio conversas de whatsapp alheias, observo as músicas em suas playlists e as notícias em suas timelines do Facebook.

Perto do terminal, me movimento com intenções de passar a catraca e o faço assim que paramos. Desço e, na caminhada até a escada que leva ao metrô, indianos, haitianos e brasileiros oferecem balas e acessórios para celular. Tem muitos passageiros fazendo o mesmo caminho que eu agora: dos seus respectivos ônibus até a entrada da estação.

Olho ao redor, procuro por alguém conhecido (para ter tempo de fugir), desço as escadas rolantes pelo lado direito, onde posso ficar parada. Ainda tem um espaço até a passagem e dá pra ver ao redor a fila para comprar bilhetes e pessoas fazendo o sentido contrário, chegando no terminal. Encosto o bilhete na catraca e duas luzes acendem: uma vermelha e uma verde. "Passe Livre".

Outras três escadas. Duas rolantes e uma normal, que é atalho aos primeiros vagões, em que dá pra ver os trilhos, já que nessa linha não tem condutor e tem menos pessoas do que nos do meio. Já tem um amontoado de gente na frente dos dois lados plataformas de embarque, então escolho a segunda, porque sei que lá tenho mais chances de conseguir um banco branco vazio, já que os cinzas são preferenciais. 

Quando as portas se abrem com um apito, todos que vêm do centro saem e então podemos entrar - nos primeiros segundos, é como uma dança das cadeiras gigante. A diferença de uma brincadeira é que não tem música e muitos dos participantes estão infelizes, cansados; quase ninguém conversa, a não ser com seus próprios celulares.

Um novo apito e estamos em movimento. Cada um, sentado ou em pé, acha um jeito de passar o curto tempo de deslocamento diário - com livros, celulares, tablets, simplesmente olhando pro nada ou, minha distração favorita, observando os trilhos. A mensagem gravada transmite avisos de como se portar nas estações e sobre o trajeto, enquanto um fluxo de pessoas entra e sai dos vagões.

No fim da linha, é a minha vez de descer. Passo os olhos nas máquinas que vendem bebidas, acessórios para celular, doces, pipoca e até livros. Me distraio observando os títulos e tomo cuidado para não esbarrar em ninguém, enquanto encaro mais um imenso lance de escadas. A normal tem menos gente e com certeza vai me deixar cansada, mas a rolante é lotada e não traz esforço nenhum. Escolho a mais fácil e prometo a mim mesma que da próxima vez a escolha será diferente. 

Levam alguns poucos minutos até chegar na plataforma e o processo de repete: escolher uma lugar conveniente (na frente da lixeira, onde a porta que dá bem de frente pra escada para), entrar, uma estação, sair, escada, catraca, escada. 

E barraquinhas vendendo café da manhã surgem, a Avenida, a igreja que sempre toca seu sino na hora errada, aquela árvore engraçada que tem o tronco trançado, as revistas da banca de jornal que sempre olho com desejo mas nunca compro. Eu vejo os bolivianos de bicicleta levando seus filhos pra escola e aquela senhora que cata lixo do lado da faculdade sorrindo, um sorriso infinito.

Mostro a carteirinha com meu nome aos porteiros, um bom dia a eles e o cenário muda completamente: agora são só prédios, alunos, professores. Vou pra sala, cumprimento conhecidos e espero nos corredores a aula começar.

28 outubro 2016

28/10/2016

Tantos dias sem escrever por quê... não sei.
Tenho tentado deixar de fingir e ser mais natural e sincera possível comigo e com aqueles que estão ao meu redor. Daí percebi algo: sou trouxa. Claro que eu já desconfiava, mas agora tenho provas e meu julgamento foi sentenciado.

Nos meus anos de fundamental, as crises existenciais foram tão fortes que eu reprimi e posterguei a descoberta da minha personalidade. Anos de solidão e solitude mais tarde serviram pra que eu a construísse e descobrisse fatos sobre minhas capacidades que eu nunca havia sequer desconfiado. Mas o fato é que, nesse meio tempo, escolhi errado as pessoas a quem me importar e dedicar meu tempo. Os únicos que pareciam realmente interessados em falar comigo eu ignorei - talvez por pensar "quem diachos iria querer falar comigo se ninguém mais quer?". Acreditei nos meus pensamentos por anos, até entender o quão idiota eu fui.

Aquela frase que ouvi do meu professor de redação nunca fez tanto sentido:
"Se você nunca está satisfeita, as pessoas se cansam."

NA 
HORA
DE
PARAR
DE
SER
TROUXA

Ser recíproca. Dar para as pessoas aquilo que elas te dão - se dão carinho, dê carinho. Se dão desprezo, ignore-as. Ignore-as e continue a vida, sem dar motivos pra que te odeiem e ter a consciência tranquila

22 outubro 2016

16/10 ~ 22/10

  • Algo que li:
Em seu primeiro livro, Paola Carosella conta sua história em receitas;
- Comecei a ler A Volta ao Mundo em 80 dias :D
  • Algo que assisti:
- Questão de Tempo;
TED's secret to great public speaking;
Your elusive creative genius;
Talk nerdy to me;
- Amy Cuddy: Your body language shapes who you are 
- Delicadeza do Amor;
- Elis Regina - Por Toda Minha Vida;
- The Big Bang Theory - S10E04~05
  • Algo que cozinhei:
- MA-CAR-RÃO;

- Cinnamon Rolls!
  • Algo pela saúde da alma:
- Um dia (sábado) sem internet.
  • Algo novo:
- Comecei um Bullet Journal :D
  • Um momento infinito:
Aquele em que você não quer dormir, por quê... há tanto para viver.
  • 20 segundos de coragem insana:
Ir pra faculdade em um dia sem aula e assistir sozinha uma palestra aleatória (Introdução à Organização de Eventos).

15 outubro 2016

09/10 ~ 15/10

  • Algo que ouvi:
- David Bowie - Soul Love;
- David Bowie - Lady Stardust;
- David Bowie - Starman;
M.I.A. - Paper Planes.

  • Algo que assisti:
- Lie to Me S01E03;
- Master of None S01E06~10;
- Quem quer ser um milionário?
- Greys Anatomy S11E03.
  • Algo novo:
- Cuca Fundida (R$ 4,00);
- A Volta ao Mundo em 80 Dias (R$ 3,00).

Tão confuso. Estive insensível quanto aos pequenos prazeres da vida. Bastante sono e uma pitada de desapontamento pessoal. 
Divertido, apesar dos pesares.

13 outubro 2016

13/10/2016

Here is the thing:

I have been very very lazy these past days. I mean, they have been good days because i'm talking with lots of people (a lot, of my point of view), but when i look at my academic life, it's everything on the road to be ruined.

The classes are boring, everybody looks know more than me, the people who i talk with don't seem to interested at the same thing that i am interested on. Kinda scary because that's my only road.

What to do?
That's the question.


Try to write and elaborate feelings and thoughts.



Everything is going to be alright.

10 outubro 2016

10/10/2016

Assistir Master of None, que ilustra os dramas da vida dos jovens adultos atualmente com 30 anos - tipo Girls -, me fez perceber que:
1) Eu realmente ainda não cheguei nessa fase da vida mas, é muito provável que eu sofra bastante com os mesmos dilemas de carreira e relacionamento;
2) Tenho que construir uma base sólida agora para os meus trinta anos.

E como eu me imagino em 2027, daqui onze anos? 
Meus planos, em teoria:
- Terminar a faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas em 2019, ano em que faço 22 anos;
- Talvez trabalhar e fazer cursinho na segunda metade de 2019;
- Fazer faculdade de biomedicina e terminar em meados de 2023, ano em que faço 26 anos.
- Engordar com saúde até ter uma estatura normal;
- Adotar uma criança em algum ponto;
- Viajar;
- Escrever um livro;
- Fazer loucuras (toda uma lista de loucuras).


Ps. ler The Bell Jar

08 outubro 2016

02/10 ~ 08/10

  • Algo que escrevi:
- Reflexões aleatórias, sem muita profundidade.

  • Algo que li:
- O Mistério da Casa Verde;
- Vários começos de livro, nada tão interessante.

  • Algo que ouvi:
- Playlist do filme Califórnia.


  • Algo que assisti:
- D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É;
- Modern Family S08E02~03;
- Greys Anatomy S13E02;
- Master of None S01E01~E05;
- Lie to Me S01E01/02;
- The Big Bang Theory S10E03.

  • Algo pela saúde do corpo:
- Subir escadas da estação de metrô correndo.
Ps. Percebi que agora fico menos cansada do que antes, andando a mesma distância que eu costumo andar. A ladeira da viela não é mais uma tortura tão grande.

  • Algo pela saúde da alma:
- Perder o medo de ser a pessoa que sou e que tenho orgulho de ser.

  • Algo novo:
- VOTEI PELA PRIMEIRA VEZ.
- Descobri partes da minha personalidade que eu nunca pensei que teria;
- Depois de Lie to Me, observar as pessoas no metrô nunca mais será o mesmo.

  • Um momento infinito:
- Perguntar com curiosidade genuína e - algo a ser trabalhado - não ter medo de demonstrar carinho antes mesmo de recebê-lo;
- Rir. Gargalhar por motivo nenhum.


  • 20 segundos de coragem insana:
- Dar chance aos acasos.

Esses dias percebi o quanto cresci. Em 2013, nessa época do ano, tinham inúmeras listas e promessas guardadas nos rascunhos do meu blog e tudo o que eu buscava, ao som de Clarice Falcão - Capitão Gancho, era uma mudança na rotina, uma faísca de protagonismo em uma vida figuranteEm 2014 eu estava fritando churros, tentando me dar conta de que aquilo era água e ouvindo Arnaldo Antunes - Contato Imediato. Em 2015, me descobrindo como uma fangirl da vida, transformando o passado em uma base sólida para um futuro e ouvindo Journey - Don't Stop Believin'. Hoje eu ouço Angelina Jordan - Fly Me To The Moon e me sinto livre.

    08/10/2016

    Esses dias percebi o quanto cresci. Em 2013, nessa época do ano, tinham inúmeras listas e promessas guardadas nos rascunhos do meu blog e tudo o que eu buscava, ao som de Clarice Falcão - Capitão Gancho, era uma mudança na rotina, uma faísca de protagonismo em uma vida figuranteEm 2014 eu estava fritando churros, tentando me dar conta de que aquilo era água e ouvindo Arnaldo Antunes - Contato Imediato. Em 2015, me descobrindo como uma fangirl da vida, transformando o passado em uma base sólida para um futuro e ouvindo Journey - Don't Stop Believin'. Hoje eu ouço Angelina Jordan - Fly Me To The Moon e me sinto livre.


      Apesar das inúmeras inseguranças, elas indicam que estou em movimento e que algo está mudando - que estou desconfortável, então estou fora da zona de conforto. Me sinto mais completa do que nunca estive, apesar de uma montanha de desafios pairar sobre os horizontes. É uma aventura e, pela primeira vez, eu sou a protagonista.

      08/10/2016

      Já faz um tempo que não tenho aquele tempo livre que eu costumava ter; no qual estou 100% descansada e disposta a praticar inúmeras teorias. Me parece que hoje é um bom dia para reconexão pessoal - ligar todas as partes do meu eu e ver um belo monstro de lego se formar.

      Acordei às 7 da manhã de um jeito estranho porque percebi que desde que comecei a estudar no centro da cidade parei de ter aqueles momentos matinais em que seus olhos abrem mas seu corpo ainda dorme e tudo o que você queria é mofar naquela cama. Só ir pra lá todos os dias é uma aventura. Tenho medo de que um dia eu vire uma adulta chata que não se impressiona com esses detalhes da vida.

      De qualquer forma: acordei, tomei um bom chá com um pão na chapa, lavei minhas roupas, comi banana com leite em pó + achocolatado em pó (EM PÓ), escutei Gloomy Sunday na voz de Angelina Jordan, escrevi sobre ontem, assisti um vídeo da Raiza do Dulce Delight com uma receita de bolo de chocolate (que enviei pra minha tia) e agora são 11h.

      Planos a serem postos em prática:
      - Fazer uma agenda de estudos;
      - Pesquisar sobre detecção de mentiras.

      07/10/2016

      As vezes finjo estar com sono pra não ter que ouvir e responder as pessoas.

      Então ontem mamãe fez frango com milho (quanto sarcasmo) em uma panela de ferro enorme e papai desconfiou: achou que era mais uma daquelas receitas malucas que ela costumava fazer em celebrações da umbanda.

      "[Ares de desdém] Parece frango de macumba.
      Esse frango aqui é pra comer?"

      "Não, é pra enfiar no cu."

      07/10/2016

      Foi um dia intenso - comecei ele gargalhando e terminei ele chorando.

      Descobri que minha capacidade de comunicação social é maior do que eu pensava (isso porque eu provavelmente estava sob efeitos de hormônios da felicidade ou algo do tipo) e que, afinal, todos esses anos lendo sobre os sentimentos humanos realmente tiveram sua pontinha de serventia - apesar de eu ainda me culpar por não tê-los usado mais. Flashbacks cruzam meus pensamentos a todo momento e isso me deixa doida. Penso a todo momento o que eu poderia ter feito de diferente, o que eu deveria ter feito que não fiz. Me pergunto se fui realmente quem eu sou ou era apenas uma capa que usei tentando combater os medos que tive durante anos. Ou que pensava que tinha.

      De qualquer forma, criei uma situação desconfortável por levar a vida tão a sério as vezes. Esse medo de não saber quando demonstrar que me importo, de dar carinho às pessoas. 

      1) Motoristas de ônibus em breve não pararão mais pra eu entrar. São gentis, eu fico com medo e dou vácuos enormes que me fazem parecer uma vaca esnobe;
      2) Tento ser legal demais e depois acabo destruindo tudo que construí;
      3) Tento me aproximar das pessoas e elas não me correspondem, então percebemos desconfortavelmente que vivemos em mundos diferentes. Pelo menos eu percebo, me decepciono. E é desconfortável pacas;
      4) É difícil demais conversar comigo já que, aparentemente, eu viajo na maionese;
      5) Tentei tanto ser antes um para viver a dois que agora sou apenas um e é um desafio mudar isso.
      6) É estranho estar rodeado de pessoas em um instante e no outro não há ninguém que realmente se importe. 


      "Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."
      Fernando Pessoa

      "Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível."
      Fernando Pessoa  

      06 outubro 2016

      06/10/2016

      O que eu estou fazendo com a minha vida?

      Minha timidez me fez ver a infância como um mar de descontentamento: eu tinha o desejo de ser notada e de me fazer notar, mas o medo dentro de mim era tão grande que me fechava para o mundo; assim passei as várias oportunidades que apareceram nos meus jovens dias - observando aqueles que tiveram a coragem que eu pensava nunca ser capaz de alcançar.

      Ter essa atitude foi suportável pelo resto do período escolar, apesar das perdas. Depois suportável pelo tempo que passei em casa - bem simples passar oportunidades quando você pode fingir que não as vê. E então chega o momento em que eu finalmente sou impulsionada pra fora do meu casulo e... veja só, é terrível.

      Terrível talvez não seja a palavra certa a se encaixar nessa situação, já que meu cérebro costuma trabalhar de forma otimista. Digamos, está sendo difícil. Meu humor oscila bastante e faz com que um dia eu veja o mundo encantadíssima e no outro cética pacas.

      É difícil elaborar pensamentos agora - minha cabeça dói e eu ainda nem almocei.

      A verdade é que a cada dia eu me surpreendo com minha capacidade. Tanto para o bem quanto para o mal.

      Uma hora sou divertida, sorridente, simpática.

      Outra sou chata, confusa, fechada.

      Como fazer com que o lado certo vença?
      Eu não faço ideia.

      01 outubro 2016

      25/09 ~ 01/10

      • Algo que escrevi:
      - Provas. Provas por todos os lados.

      • Algo que li:
      - Ainda lendo O Mistério da Casa Verde :)

      • Algo que ouvi:
      - Nancy Sinatra / Angelina Jordan - Bang Bang (My Baby Shot Me Down);
      - Joan Jett - BAD REPUTATION;
      - Trilha sonora do filme Califórnia.


      • Algo que assisti:
      - Freaks and Geeks S01 :');
      - Greys Anatomy S13E01;
      - Garota, Interrompida;
      - Modern Family S08E01;
      - The Big Bang Theory S10E02;
      - Califórnia (2015).


      • Um momento infinito:
      - Ter 18 anos. 
      • Algo novo:
      - Uma aula de Iniciação Espírita :)
      - Guiness Book 2015 por R$ 10,00 (desejo antigo de ter um desses em casa).

      Percebi que as pessoas não são tão más assim e que eu preciso urgentemente de organização. 
      Meus pensamentos estão avoados, mal posso alcançá-los.

        01/10/2016

        Califórnia. Tava procurando por esse filme há meses - nenhum site tem online mas hoje, finalmente, tomei coragem pra baixar.
        O que eu tenho pra dizer sobre o filme? É uma delicinha. Quer dizer, as cenas das três amigas conversando são bem forçadas mas aquelas músicas de fundo e os clichês adolescentes. Ah, aquele clima adolescente do Brasil dos anos oitenta.

        - Califórnia;
        - Somos tão Jovens;
        - Hoje eu quero voltar sozinho.

        30 setembro 2016

        29~30/09/2016

        Eu não sei como me sinto. Essa semana foi uma daquelas em que você vive normalmente no mundo exterior, se cansa fisicamente e acaba por esquecer um bocado da sua própria consciência e de estar atento ao mundo ao redor - várias provas no lugar das aulas me deixaram cansada.
        Percebi que resquícios do ensino médio ainda pairam sobre minha alma: ainda tenho inseguranças que me fazem pensar que todos ao meu redor me excluem automaticamente do ambiente. As pessoas me notam e isso me assusta. 

        Tive a oportunidade de recomeçar.

        Mas ser livre depois de uma vida toda em cárcere não é tão simples.

        Freaks and Geeks S01E15/16

        No episódio 16 de Freaks and Geeks, Bill, Sam e Neal vão a uma make-out party e no jogo da garrafa Bill vai pra 7 minutos no paraíso com uma cheerleader. Então ele pergunta: "What's it like being pretty?... I think people treat you nicer when you are pretty".


        Isso me lembrou as piores partes da escola: a época do fim da infância em que de repente sua aparência começa a ser uma questão. Aquele sentimento de exclusão e anormalidade que surge quando todos ao seu redor parecem viver em um mundo em que você não está incluído. Uma regra invisível e um consenso social vindo sei-lá-de-onde que rouba nossa capacidade de nos sentirmos heróis.

        A névoa que me tirou tanto tempo e tantas oportunidades. A autodefesa excessiva que impede de tomar atitudes.



        24 setembro 2016

        18/09~24/09

        • Algo que escrevi:
        - Python, python, python. Prova de Python, exercícios de python;
        - Estranhamente, essa semana meu cérebro estava mais alerta e consegui fazer anotações durante as aulas.


        • Algo que li:
        - O mistério da casa verde (ainda lendo).


        • Algo que ouvi:
        - The Cranberries - Zombie;
        - Angelina Jordan - Fly Me To The Moon;
        - Angelina Jordan - Gloomy Sunday.
        - Cássia Eller - ACÚSTICO MTV (2001).

        • Algo que assisti:
        - Family Guy - S10E01;
        - The Voice Kids: The Blind Auditions (várias avulsas no youtube);
        - The Noite - Bela Gil;
        Cássia Eller (2014);
        - The Big Bang Theory S10E01;
        - Freaks and Geeks S01E04 e S01E05.


        • Algo que cozinhei:
        ISSO MESMO, MACARRÃO COM MASSA DE TOMATE, AZEITE, ALHO, ORÉGANO E SAL.


        • Algo pela saúde do corpo:
        - Tive uma ideia de sanduíche natural: cenoura ralada, alface, queijo e presunto (não sei porque consideram presunto saudável mas ok) em um bom pão. 

        • Algo pela saúde da alma:
        Conhecer jazz. Espalhar cumprimentos e sorrisos por aí.

        • Algo novo:
        - Lira dos Vinte Anos (Álvares de Azevedo) na máquina de livros por R$1,00;
        - Experimentei o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão). Era bom, não era de vento;
        - Um cara radômico do metrô me disse: "Uma grande amiga sua quer te derrubar."

        • Um momento infinito:
        Um cara peidou no ônibus e o mais engraçado foi ver a mulher do lado dele tentando abrir a janela emperrada. Ela não conseguiu.

        • 20 segundos de coragem insana:
        Agir em alguns momentos como se a timidez não existisse (o resultado foi meio que flashbacks em momentos posteriores esporádicos que me torturaram dizendo "VOCÊ PODERIA TER FEITO DIFERENTE", mas valeu a pena).

          • Alguém novo:
          Britney de Looff;
          Angelina Jordan;
          Cássia Eller.



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          O que dizer dessa semana que já acabou e foi estranha pacas. Nada me chamou muita atenção na anterior porque eu estava realmente cansada e não tão motivada mas, eis que uma nova semana começa e um novo mundo de possibilidade se abre.

          Cá um trecho de reflexões passadas:

          21/09/2016 

          "Estou mais falante esses dias.

          Depois que aquele cara aleatório do metrô falou "Uma grande amiga sua quer te derrubar.", o que primeiro passou pela minha cabeça foi "QUE AMIGA?" no sentindo de SUJEITO NÃO EXISTENTE, então eu perguntei: "QUE AMIGA?" e ele simplesmente disse "Isso eu não sei" e desceu na estação Faria Lima. Fiquei com cara de tacho, um pouco de medo, e até esqueci da possibilidade de ser só mais um cara doido no meio de São Paulo.


          ---

          Os últimos dias se basearam em assistir aulas e tentar resolver exercícios de Python (que mais são de pura abstração lógica), inclusive nos plantões pós-aula. Comi pastel segunda-feira na barraquinha que diz ter o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão) e é tão igual catupiry que me deixou feliz, mas o frango era bem seco sem ele. Pensei em pegar vinagrete, mas tinha um cara fazendo o pastel de copo: colocou uns 8 copinhos de vinagrete dentro e saiu comendo na maior cara de pau. Observei a POKER FACE da mulher da barraca e preferi não dar mais prejuízo pra ela.

          E falando em situações sem noção, hoje alguém peidou no ônibus. Fiz a egípcia e observei: a mulher do lado do cara tentando abrir a janela emperrada (que não abriu) e a moça do meu lado fazendo gestos sutis e embaraçados de quem quer afastar o vento fedido do ar que ela respira. Quis rir muito. Continuei com a melhor cara blasé que consegui fazer.


          ---

          A viagem de ida e volta é por vezes emocionante. Quando meu cérebro está descansado o suficiente, consigo observar as pessoas ao meu redor. Esporadicamente, encontro pessoas conhecidas no metrô, mais raramente no ônibus, e quase todas as vezes prefiro fazer de conta que estou no modo zumbi (aquele que todos ficam enquanto estão utilizando transporte público) e que nem vi que eles estavam ali. Claro que essa tática não deve funcionar mas, eles nunca vieram falar comigo, então... devem estar fazendo o mesmo.

          É meio contra meus princípios escrever sobre pessoas, então vou ser bem subjetiva. Olhar nos olhos de alguém é uma ação bem intensa. Quer dizer, eles dizem tanto. A face como um todo na verdade, toda a expressão. Frequentemente evito olhar pro rosto das pessoas por muito tempo porque me é esquisito.

          E então tem aquele olhar em que nada mais você vê: SÓ OS OLHOS. Se alguém perguntar sobre o resto do rosto, você não sabe dizer. Só que olhou nos olhos e foi tempo suficiente pra que uma estranha familiaridade fosse criada no departamento social do cérebro."


          --------------------------------------------------------------------------------------------------------

          Me senti como uma senhora ouvindo jazz. Fui uma adolescente assistindo Freaks and Geeks, ouvindo Cássia Eller e lendo os sentimentos de Álvares de Azevedo. Sou uma criança observando o mundo.

          21 setembro 2016

          21/09/2016

          Tenho estado mais falante esses dias.

          Depois que aquele cara aleatório do metrô falou "Uma grande amiga sua quer te derrubar.", o que primeiro passou pela minha cabeça foi "QUE AMIGA?" no sentindo de SUJEITO NÃO EXISTENTE, então eu perguntei: "QUE AMIGA?" e ele simplesmente disse "Isso eu não sei" e desceu na estação Faria Lima. Fiquei com cara de tacho, um pouco de medo, e até esqueci da possibilidade de ser só mais um cara doido no meio de São Paulo.

          Os últimos dias se basearam em assistir aulas e tentar resolver exercícios de Python (que mais são de pura abstração lógica), inclusive nos plantões pós-aula. Comi pastel segunda-feira na barraquinha que diz ter o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão) e é tão igual catupiry que me deixou feliz, mas o frango era bem seco sem ele. Pensei em pegar vinagrete, mas tinha um cara fazendo o pastel de copo: colocou uns 8 copinhos de vinagrete dentro e saiu comendo na maior cara de pau. Observei a POKER FACE da mulher da barraca e preferi não dar mais prejuízo pra ela.

          E falando em situações sem noção, hoje alguém peidou no ônibus. Fiz a egípcia e observei: a mulher do lado do cara tentando abrir a janela emperrada (que não abriu) e a moça do meu lado fazendo gestos sutis e embaraçados de quem quer afastar o vento fedido do ar que ela respira. Quis rir muito. Continuei com a melhor cara blasé que consegui fazer.

          A viagem de ida e volta é por vezes emocionante. Quando meu cérebro está descansado o suficiente, consigo observar as pessoas ao meu redor. Esporadicamente, encontro pessoas conhecidas no metrô, mais raramente no ônibus, e quase todas as vezes prefiro fazer de conta que estou no modo zumbi (aquele que todos ficam enquanto estão utilizando transporte público) e que nem vi que eles estavam ali. Claro que essa tática não deve funcionar mas, eles nunca vieram falar comigo, então... eles devem estar pensando o mesmo que eu.

          É meio contra meus princípios escrever sobre pessoas, então vou ser bem subjetiva. Olhar nos olhos de alguém é uma ação bem intensa. Quer dizer, eles dizem tanto. A face como um todo na verdade, toda a expressão. Frequentemente evito olhar pro rosto das pessoas por muito tempo porque me é esquisito.
          E então tem aquele olhar em que nada mais você vê: SÓ OS OLHOS. Se alguém perguntar sobre o resto do rosto, você não sabe dizer. Só que olhou nos olhos e foi tempo suficiente pra que uma estranha familiaridade fosse criada no departamento social do cérebro.

          17 setembro 2016

          11/09 ~ 17/09

          • Algo que li:
          - Algumas páginas de um livro de Algoritmos e Lógica de Programação.
          • Algo que ouvi:
          - Caetano Veloso and Lila Downs - Burn It Blue;
          - Amy Winehouse - Back to Black (álbum 2006).
          • Algo que assisti:
          - Flipped – O Primeiro Amor;
          - Frida (2002);
          - The Fundamentals of Caring;
          - A Rede Social;
          - Human (2015).
          • Algo que cozinhei:
          - Tapioca com goiabada.
            • Algo pela saúde do corpo:
            - Boa caminhada até o mercado;
            - Corridas de manhã pra conseguir pegar o ônibus das 06:03.
            • Algo novo:
            - Tang. Tang chá. É esquisito beber chá açucarado em pó, mas... é bom. 
            • Um momento infinito:
            - Chegar em casa na sexta-feira e poder tomar um chá e assistir um filme debaixo das cobertas. 

            • 20 segundos de coragem insana:

            - Entrar naquele pet shop só pra ver o preço e... sair voando logo depois;
            - Ir no mercado só pra comprar chocolate e passar pelo caixa com cara de "NÃO ME JULGUE".
            • Alguém novo:
            - Frida Kahlo.

              13 setembro 2016

              Big Brother Caruncho

              Abri o pote de arroz e tinha dois carunchos fornicando.

              A temperatura agora dentro de casa é o que eu chamo de clima perfeito - você, parado onde está, com a roupa que estiver, não saberá dizer se sente frio ou se sente calor; efeitos de uma primavera despontada. Andando por aí verás que as árvores estão tão maduras que as cores das flores são o mais vibrante possível e há tantas delas quanto pode haver.

              Apesar do ambiente poético, preciso dizer que o calor faz com que o desânimo se instaure no âmago da minha alma: tenho uma semana e meia até que as provas comecem, estou no meio da sexta semana de aulas e tudo o que consigo pensar é: minha vida não faz sentido algum.

              Tem muitas peças erradas nesse quebra-cabeça. É como se eu estivesse vivendo a vida de alguém.

              10 setembro 2016

              04/09 ~ 10/09

              • Algo que li:
              - O Pequeno Príncipe.

              • Algo que ouvi:
              - Amy Winehouse - You Know I'm No Good;
              - Amy Winehouse - Back To Black;
              - Amy Winehouse - Frank (álbum 2003).

              • Algo que assisti:
              - Amy;
              - The Simpsons - S27E21;
              - A.I. - Inteligência Artificial.

              • Algo que cozinhei:
              - ADIVINHAA: MACARRÃO COM TOMATE.


              • Algo pela saúde do corpo:
              - Nas últimas duas semanas tenho comido bastante; adeus roncos matinais :)
              - Caminhada no centro da cidade + bônus sacola.


              • Algo pela saúde da alma:
              - Não ligar. Cagar e andar (ainda em treinamento).



              • Algo novo:
              - EXPERIMENTAR ÓCULOS DE REALIDADE VIRTUAL;
              - Visitei a Santa Ifigênia e a 25 de março, algo que eu não fazia desde... muito tempo;

              - Meias novas. É estranho e reconfortante ter meias que se encaixam perfeitamente nos seus pés;
              - Brincos! Há muito tempo não tenho/uso brincos. Uma revolução se aproxima.

              • Um momento infinito:
              Observar uma multidão subindo e descendo a Ladeira Porto Geral é uma expriência interessantíssima. É como uma daquelas imagens de Onde está Wally?, só que ao vivo.


              • 20 segundos de coragem insana:
              Mudar a opção de curso na inscrição do vestibular. Sabe-se lá porquê, mas parece que meus conceitos mudaram. Assim. Do nada. Talvez não seja do nada. Talvez... eles sempre estiveram ali, escondidos. No final das contas, vou precisar de três anos de coragem insana.

              • Alguém novo:
              - Amy Winehouse.

              Quanto mais a segunda-feira parece distante ao fim da semana, melhor os dias foram aproveitados. O feriado de quarta-feira contribuiu pra que o período de aulas ficasse menos cansativo. Deveria ter feito um relatório sobre aquela palestra que assisti no Congresso, mas não fazia a mínima ideia do assunto, então simplesmente relevei.

              Foram dias irritadiços, digamos assim. Passar tanto tempo como mero expectador, observando, acaba fazendo que com o mundo pareça um lugar extremamente repetitivo e monótono. E então penso, o que há de errado comigo pensando assim? Semana passada era tudo tão colorido e novo e meus olhos brilhavam diante da vida. Algumas vezes tenho certeza do que fazer. Outras simplesmente quero sair correndo desse caminho em que me meti.

              Me isolo demais. É possível que isso seja um problema. 


              04 setembro 2016

              28/08 ~ 03/09

              • Algo que escrevi:

              - Anotações inúteis.

              • Algo que li:

              - Terminei Alice no País dos Espelhos :))

              • Algo que ouvi:

              - Cigana - Hugo Pena e Gabriel (NÃO. SAI. DA. CABEÇA. AAAA.)

              • Algo que assisti:

              - Uma palestra da Vodafone que, pra ser sincera, não lembro nenhuma palavra. Nem lembrava que era da Vodafone, inclusive.

              • Algo que cozinhei:

              - Cozinhar não cozinhei, mas comi hambúrguer com batata frita duas vezes essa semana:

                      - Um X-Salada super sem graça no Burguer King (R$ 14,90), batata pequena e chá de pêssego (free refil). Tempo de espera: rapidíssimo, uns 3 minutos.

                      - Um Duplo X-Burguer Bacon com Ovo com batata média e refrigerante 300ml (R$10,37). Dividi o refri e a batata, porque né. Tempo de espera: uns 10~15 minutos.

              Pra quem estava a beira de cair de pressão baixa por falta de alimento (ou por comer bala de barriga vazia, quem é que sabe), parece que agora estou bem. 
              • Algo pela saúde do corpo:
              - O máximo pela saúde que fiz essa semana foi, depois de levar um sustinho básico, que preciso tomar café da manhã.

              • Algo pela saúde da alma:
              - Me permitir a descoberta e a curiosidade. Preciso de ainda mais coragem nesse sentido.
              • Algo novo:
              - Agora sei vir da Paulista pra casa :) Alguém me segura.
              • Um momento infinito:
              - Visitar a Livraria Cultura. Moraria lá. Um colchonete na sessão de livros infantis e um bom pijama. É só disso que preciso;
              - A estação do metrô Consolação. AQUILO LÁ É UM PLAYGROUND GIGANTE;
              - Andar pela Avenida Paulista. Observar os prédios gigantes, as banquinhas, pessoas por toda parte e o sol de final de tarde batendo.
              • 20 segundos de coragem insana:

              Ir ao IOT Latin América - 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE INTERNET DAS COISAS sem nem saber como voltar pra casa.

              Quem diria, mas essa semana foi a semana de alguém "normal". Quer dizer, saí duas vezes da linha casa-escola - no dia do congresso e hoje, que foi aniversário de mamãe. Apesar disso, tenho que dizer que meus problemas de comunicação ainda são tensos; encontrei várias pessoas conhecidas no metrô e o que eu fiz foi a egípcia com quase todos, menos minha própria irmã, porque ela me bateu com uma bolsa. 
              Tivemos o primeiro dia de aula em tempo chuvoso (saí da estação e o céu tava bem carregado), o que me fez levar guarda-chuva no dia seguinte e perceber que já estávamos nos 24ºC e nenhuma gota de chuva caiu. Uma loucura o clima dessa cidade.

              Vi uma mulher sentada no banco do metrô; uma pessoa sozinha em um ambiente lotado. Os olhos estavam marejados, ela segurava a bolsa no colo. Quarenta e tantos anos, os dedinhos limpando delicadamente os olhos de quem chorava escondido. Quis perguntar se estava tudo bem. Por que não perguntei?

              ---

              Se não posso mudar meu destino, farei com que ele se vire a meu favor.
              Ainda estou matutando sobre isso, na verdade. O fato é que a vida das pessoas ao meu redor não tem estado tão favorável e agora, mais do que nunca, tenho de estar presente e consciente pra que possa ajudar nisso sem me afetar emocionalmente e acabar por semear a discórdia - tornar complicado o que não deveria ser.