Foi um dia intenso - comecei ele gargalhando e terminei ele chorando.
Descobri que minha capacidade de comunicação social é maior do que eu pensava (isso porque eu provavelmente estava sob efeitos de hormônios da felicidade ou algo do tipo) e que, afinal, todos esses anos lendo sobre os sentimentos humanos realmente tiveram sua pontinha de serventia - apesar de eu ainda me culpar por não tê-los usado mais. Flashbacks cruzam meus pensamentos a todo momento e isso me deixa doida. Penso a todo momento o que eu poderia ter feito de diferente, o que eu deveria ter feito que não fiz. Me pergunto se fui realmente quem eu sou ou era apenas uma capa que usei tentando combater os medos que tive durante anos. Ou que pensava que tinha.
De qualquer forma, criei uma situação desconfortável por levar a vida tão a sério as vezes. Esse medo de não saber quando demonstrar que me importo, de dar carinho às pessoas.
1) Motoristas de ônibus em breve não pararão mais pra eu entrar. São gentis, eu fico com medo e dou vácuos enormes que me fazem parecer uma vaca esnobe;
2) Tento ser legal demais e depois acabo destruindo tudo que construí;
3) Tento me aproximar das pessoas e elas não me correspondem, então percebemos desconfortavelmente que vivemos em mundos diferentes. Pelo menos eu percebo, me decepciono. E é desconfortável pacas;
4) É difícil demais conversar comigo já que, aparentemente, eu viajo na maionese;
5) Tentei tanto ser antes um para viver a dois que agora sou apenas um e é um desafio mudar isso.
6) É estranho estar rodeado de pessoas em um instante e no outro não há ninguém que realmente se importe.
"Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."
Fernando Pessoa
"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível."
Fernando Pessoa
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