O que eu estou fazendo com a minha vida?
Minha timidez me fez ver a infância como um mar de descontentamento: eu tinha o desejo de ser notada e de me fazer notar, mas o medo dentro de mim era tão grande que me fechava para o mundo; assim passei as várias oportunidades que apareceram nos meus jovens dias - observando aqueles que tiveram a coragem que eu pensava nunca ser capaz de alcançar.
Ter essa atitude foi suportável pelo resto do período escolar, apesar das perdas. Depois suportável pelo tempo que passei em casa - bem simples passar oportunidades quando você pode fingir que não as vê. E então chega o momento em que eu finalmente sou impulsionada pra fora do meu casulo e... veja só, é terrível.
Terrível talvez não seja a palavra certa a se encaixar nessa situação, já que meu cérebro costuma trabalhar de forma otimista. Digamos, está sendo difícil. Meu humor oscila bastante e faz com que um dia eu veja o mundo encantadíssima e no outro cética pacas.
É difícil elaborar pensamentos agora - minha cabeça dói e eu ainda nem almocei.
A verdade é que a cada dia eu me surpreendo com minha capacidade. Tanto para o bem quanto para o mal.
Uma hora sou divertida, sorridente, simpática.
Outra sou chata, confusa, fechada.
Como fazer com que o lado certo vença?
Eu não faço ideia.
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