28 agosto 2016

21/08 ~ 27/08

  • Algo que escrevi:

Estudei Python (que eu pensei que se chamava BYTON da primeira vez) e parece ó, abstração total; cada lógica doida e mágica.

  • Algo que li:

- Quase acabando Alice no País dos Espelhos lendo no metrô, guenta aí Brasil.

- "...a melhor forma de reter as vitaminas e os nutrientes dos alimentos ao cozinhá-los é usar tempos curtos, que limitem a exposição ao calor, e um método de cozinhar que use menos líquido." [http://www.bbc.com/portuguese/geral-37167981]

  • Algo que ouvi:

Eurythmics - Sweet Dreams


QUEEN

  • Algo que assisti;
Perfeita é a mãe :)
Alguns episódios de Skins
  • Algo que cozinhei:

Meh, macarrão alho e óleo. Já comi demais disso na vida.

  • Algo pela saúde do corpo:

Subir escada de dois em dois degraus, subir ladeira, andar depressa e com postura de cisne alado.

  • Algo pela saúde da alma:

Respeitar meu estado de espírito: em vez de ficar sentada na cadeira com sono, garganta arranhando e nariz escorrendo tentando resolver um negócio chato que eu não entendia, fui dar um passeio pela biblioteca.

  • Um momento infinito:

Comer pizza ouvindo conversas familiares.

  • 20 segundos de coragem insana:

Cutuquei um menino adormecido. O professor cutucou primeiro, só dei o cutucão fatal.

  • Alguém novo:

Annie Lennox.

  • Um fato curioso:
O cara que sempre entrega panfleto com mensagem inspiracional/religiosa na porta da FATEC me deu balinhas q

Essa semana teve uma contagem de tempo tão abstrata; a segunda-feira tá tão distante mas ao mesmo tempo JÁ É SÁBADO.
Foi um período de consolidação de rotina, digamos assim. Agora posso dizer que estou realmente acostumada a pegar um ônibus às 06:10 da manhã, pegar o metrô, atravessar toda a linha amarela e fazer baldeação pra linha azul, onde eu viajo por só uma estação até a Fatec. E então sair lá pelas 12:40, pegar linha azul, amarela, ônibus no terminal e chegar em casa uma hora e meia depois de ter saído de lá. Toooododo dia.
Isso quer dizer também que talvez seja o momento de fazer algo novo, tipo... andar pelo Bom Retiro nas quintas-feiras, quando o professor chega bem atrasado (vulgo nosso intervalo é antes da aula). Só sei que percebi que o lugar em que eu passo logo ao sair da estação do metrô é tão lindo e tudo o que eu faço é passar por lá como um raio.

Apesar das aulas estarem mais legais (porque dá pra entender alguma coisa), estar na biblioteca durante a aula de Algoritmos e Lógica de Programação me mostrou que realmente estou no lugar mais errado possível. Vamos compreender "errado" como radômico e não exatamente algo que eu não deveria ter feito. É bom ter essa experiência.

27 agosto 2016

21/08 ~ 27/08

  • Algo que escrevi:

Estudei Python (que eu pensei que se chamava BYTON da primeira vez) e parece ó, abstração total; cada lógica doida e mágica.

  • Algo que li:

- Quase acabando Alice no País dos Espelhos lendo no metrô, guenta aí Brasil.

- "...a melhor forma de reter as vitaminas e os nutrientes dos alimentos ao cozinhá-los é usar tempos curtos, que limitem a exposição ao calor, e um método de cozinhar que use menos líquido." [http://www.bbc.com/portuguese/geral-37167981]

  • Algo que ouvi:

Eurythmics - Sweet Dreams


QUEEN

  • Algo que assisti;
Perfeita é a mãe :)
Alguns episódios de Skins
  • Algo que cozinhei:

Meh, macarrão alho e óleo. Já comi demais disso na vida.

  • Algo pela saúde do corpo:

Subir escada de dois em dois degraus, subir ladeira, andar depressa e com postura de cisne alado.

  • Algo pela saúde da alma:

Respeitar meu estado de espírito: em vez de ficar sentada na cadeira com sono, garganta arranhando e nariz escorrendo tentando resolver um negócio chato que eu não entendia, fui dar um passeio pela biblioteca.

  • Um momento infinito:

Comer pizza ouvindo conversas familiares.

  • 20 segundos de coragem insana:

Cutuquei um menino adormecido. O professor cutucou primeiro, só dei o cutucão fatal.

  • Alguém novo:

Annie Lennox.

  • Um fato curioso:
O cara que sempre entrega panfleto com mensagem inspiracional/religiosa na porta da FATEC me deu balinhas q

Essa semana teve uma contagem de tempo tão abstrata; a segunda-feira tá tão distante mas ao mesmo tempo JÁ É SÁBADO.
Foi um período de consolidação de rotina, digamos assim. Agora posso dizer que estou realmente acostumada a pegar um ônibus às 06:10 da manhã, pegar o metrô, atravessar toda a linha amarela e fazer baldeação pra linha azul, onde eu viajo por só uma estação até a Fatec. E então sair lá pelas 12:40, pegar linha azul, amarela, ônibus no terminal e chegar em casa uma hora e meia depois de ter saído de lá. Toooododo dia.
Isso quer dizer também que talvez seja o momento de fazer algo novo, tipo... andar pelo Bom Retiro nas quintas-feiras, quando o professor chega bem atrasado (vulgo nosso intervalo é antes da aula). Só sei que percebi que o lugar em que eu passo logo ao sair da estação do metrô é tão lindo e tudo o que eu faço é passar por lá como um raio.

Apesar das aulas estarem mais legais (porque dá pra entender alguma coisa), estar na biblioteca durante a aula de Algoritmos e Lógica de Programação me mostrou que realmente estou no lugar mais errado possível. Vamos compreender "errado" como radômico e não exatamente algo que eu não deveria ter feito. É bom ter essa experiência.

    27/08/2016

    Meu. Deus. Já não escrevo faz uma semana.

    "Essa semana teve uma contagem de tempo tão abstrata; a segunda-feira tá tão distante mas ao mesmo tempo JÁ É SÁBADO.
    Foi um período de consolidação de rotina, digamos assim. Agora posso dizer que estou realmente acostumada a pegar um ônibus às 06:10 da manhã, pegar o metrô, atravessar toda a linha amarela e fazer baldeação pra linha azul, onde eu viajo por só uma estação até a Fatec. E então sair lá pelas 12:40, pegar linha azul, amarela, ônibus no terminal e chegar em casa uma hora e meia depois de ter saído de lá. Toooododo dia.
    Isso quer dizer também que talvez seja o momento de fazer algo novo, tipo... andar pelo Bom Retiro nas quintas-feiras, quando o professor chega bem atrasado (vulgo nosso intervalo é antes da aula). Só sei que percebi que o lugar em que eu passo logo ao sair da estação do metrô é tão lindo e tudo o que eu faço é passar por lá como um raio.

    Apesar das aulas estarem mais legais (porque dá pra entender alguma coisa), estar na biblioteca durante a aula de Algoritmos e Lógica de Programação me mostrou que realmente estou no lugar mais errado possível. Vamos compreender "errado" como radômico e não exatamente algo que eu não deveria ter feito. É bom ter essa experiência."

    Ps. Fui hoje no Centro ajudar no café da manhã. Levamos bolo :) E comprei um livro: "Enciclopédia Disney".

    20 agosto 2016

    14/08 ~ 20/08

    • Algo que escrevi:
    - Relatório de administração;
    - Currículo falso pra aula de Comunicação e Expressão.
    • Algo que li:
    - Alice no País dos Espelhos no metrô;
    - Gibi da Turma da Mônica :)
    • Algo que ouvi:
    Trilha sonora da primeira temporada de Stranger Things;

























    Enya.
    • Algo que assisti:
    - De Frente Com Gabi - Elke Maravilha - 23/09/2013;
    - Discurso de JK Rowling em Harvard;
    - STRANGER THINGS  S01;
    - Skins S04.
    • Algo que cozinhei;
    - Participei do processo produtivo rápido de cortar e descascar alimentos porque estava com muito sono em quase todas as noites da semana;
    - Couve Manteiga refogada;
    - Purê de mandioca;
    - Arroz sem tempeiro;
    - Molho de tomate (tomate, azeite, orégano, sal e fogo) pra comer com pão dormido.
    • Algo pela saúde do corpo:
    Optar pelas escadas normais enquanto as rolantes estão bem do lado.
    • Algo pela saúde da alma;
    - Tomar chá com bolacha enquanto assisto entrevistas;
    - Ajudar estranhos no metrô e todas as filosofias que se sucedem. EXISTO LOGO PENSO;
    - Conversar com estranhos.
    • Algo novo:
    Entendi uma aula de Arquitetura e Organização de Computadores pela primeira vez.
    • Um momento infinito;

    Cantar Should I Stay or Should I Go? no caminho pra casa, naquele momento inspiracional de novas experiências.

    • 20 segundos de coragem insana;
    Comprei, com um real, a fé de alguém na humanidade.

    • Alguém novo:
    - Elke Maravilha;
    - Margaret Hamilton.

    O caminho de ida e volta que faço consome pelo menos duas horas do meu dia e sempre me faz ganhar e perder a fé na humanidade, fazendo com que eu chegue em casa com saldo zero. É uma aventura, impulsionada pelo clima de Stranger Things e Alice no País dos Espelhos. Andar sozinha, apesar de me render momentos de medo (como achar que toda pessoa de moletom é um provável terrorista), também faz com que me sinta forte e individual. Tenho ainda tempo pra observar o ambiente e interagir com ele; a capacidade de escolher interferir ou não na vida de alguém.

    Os 21 dias de adaptação se passaram e agora quase não me perco mais. Ainda é bem difícil manter conversa com as pessoas, mas tenho feito meu melhor pra isso dar certo; estar aberta para possibilidades, não parecer frágil, ser a pessoa que eu admiraria.

    E principalmente: não perder a curiosidade. Descobrir algo novo todos os dias. Pensar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã.

    Ps. As sensações de se estar no metrô ultimamente têm ultrapassado esse ambiente me sinto voando por alguns segundos, mesmo estando parada em um ambiente estático.


    14/08 ~ 20/08

    • Algo que escrevi:
    - Relatório de administração;
    - Currículo falso pra aula de Comunicação e Expressão.
    • Algo que li:
    - Alice no País dos Espelhos no metrô;
    - Gibi da Turma da Mônica :)
    • Algo que ouvi:
    Trilha sonora da primeira temporada de Stranger Things;

























    Enya.
    • Algo que assisti:
    - De Frente Com Gabi - Elke Maravilha - 23/09/2013;
    - Discurso de JK Rowling em Harvard;
    - STRANGER THINGS  S01;
    - Skins S04.
    • Algo que cozinhei;
    - Participei do processo produtivo rápido de cortar e descascar alimentos porque estava com muito sono em quase todas as noites da semana;
    - Couve Manteiga refogada;
    - Purê de mandioca;
    - Arroz sem tempeiro;
    - Molho de tomate (tomate, azeite, orégano, sal e fogo) pra comer com pão dormido.
    • Algo pela saúde do corpo:
    Optar pelas escadas normais enquanto as rolantes estão bem do lado.
    • Algo pela saúde da alma;
    - Tomar chá com bolacha enquanto assisto entrevistas;
    - Ajudar estranhos no metrô e todas as filosofias que se sucedem. EXISTO LOGO PENSO;
    - Conversar com estranhos.
    • Algo novo:
    Entendi uma aula de Arquitetura e Organização de Computadores pela primeira vez.
    • Um momento infinito;

    Cantar Should I Stay or Should I Go? no caminho pra casa, naquele momento inspiracional de novas experiências.

    • 20 segundos de coragem insana;
    Comprei, com um real, a fé de alguém na humanidade.

    • Alguém novo:
    - Elke Maravilha;
    - Margaret Hamilton.

    O caminho de ida e volta que faço consome pelo menos duas horas do meu dia e sempre me faz ganhar e perder a fé na humanidade, fazendo com que eu chegue em casa com saldo zero. É uma aventura, impulsionada pelo clima de Stranger Things e Alice no País dos Espelhos. Andar sozinha, apesar de me render momentos de medo (como achar que toda pessoa de moletom é um provável terrorista), também faz com que me sinta forte e individual. Tenho ainda tempo pra observar o ambiente e interagir com ele; a capacidade de escolher interferir ou não na vida de alguém.

    Os 21 dias de adaptação se passaram e agora quase não me perco mais. Ainda é bem difícil manter conversa com as pessoas, mas tenho feito meu melhor pra isso dar certo; estar aberta para possibilidades, não parecer frágil, ser a pessoa que eu admiraria.

    E principalmente: não perder a curiosidade. Descobrir algo novo todos os dias. Pensar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã.

    Ps. As sensações de se estar no metrô ultimamente têm ultrapassado esse ambiente me sinto voando por alguns segundos, mesmo estando parada em um ambiente estático.

    20/08/2016

    Coisas estranhas têm acontecido.

    Pra começar, não gosto de detalhar situações que aconteceram comigo porque minha visão de mundo é completamente influenciada pelo que eu tenho visto durante toda minha vida, mas isso é um diário e extensão da minha mente, então, vejamos:

    Quase todos os dias pego o mesmo ônibus, com o mesmo motorista, às 6:10 da manhã. Falo bom dia - acho um gesto tão legal no meio do caos que é o transporte público de São Paulo -, e encosto na parte da frente, porque o destino demora um pouco pelo trânsito, e a parte de trás é geralmente bem cheia; nessa posição consigo ouvir as conversas do motorista com as pessoas, que devem enfrentar essa mesma situação com frequência.

    Foi um momento super estranho quando ouvi "você não passaria seu whatsapp, não?"
    Não sei, cara.
    Não sei.
    Não acho que tenha sido por maldade, porém foi estranho.

    Mas tá, essa só foi a ponta do iceberg da aventura que é andar sozinha por aí e passar por tanta gente em um período tão curto de tempo.

    ---

    Tinha um moço sentado do meu lado. Parecia falar algumas palavras consigo mesmo. Ele disse que precisava ir pra Cotia, perguntou se eu tinha dois reais pra completar o dinheiro da condução.
    Pensei bastante sobre isso: ele era enorme, podia escolher roubar facilmente. Então peguei uma moeda de um real e observei.
    Pediu para várias pessoas. Falou com os guardas e com a uma criança como se já conhecesse todos eles. Passei e deixei a moeda em sua mão.
    "Obrigado amiga"
    Pensei: "comprei a fé de alguém na humanidade com um real". Será?

    ---

    E pra completar esse combo, ainda falei com mais duas pessoas na Fatec. Por que eu só falo com asiáticos? Não é por escolha própria, é um instinto. Sei lá. Ocidentais não parecem querer manter contato. Talvez porque não tenhamos muito em comum.

    Fico assustada quando as pessoas me dão atenção. Olham nos meus olhos. Querem ouvir o que eu falo. Durante toda minha vida eu fui meio que ignorada pelas pessoas, tratada como uma peça extra no quebra-cabeças de uma pessoa que nunca perdia as principais. É incrível e ao mesmo tempo desesperador; como evitar falar clichês, como argumentar com relevância, como não ser uma vaca insensível?

    No meio das conversas as vezes me ausento: olho pros lados, tusso, finjo querer espirrar, olhar as paredes. Constantemente loca. Ansiosa. Introvertida.

    16 agosto 2016

    O que seria será

    Quando algo na nossa vida vira rotina, a parte em que esse algo acontece simplesmente é apagada da memória quando você tem de pensar sobre "fatos interessantes que aconteceram hoje". Se fosse a primeira vez, com certeza seria digno de frenesi.

    E assim a vida passa.

     Se você fizer com que seja, com certeza será digno de frenesi.

    16/08/2016


    Estou sendo mais simpática e confiante na rua do que eu pensei que seria.

    Minha garganta ergueu bandeira branca mas meu nariz ainda está tapado e escorre bastante - PRINCIPALMENTE QUANDO EU ESPIRRO. Hoje percebi que estou ficando melhor nesse negócio de sair sozinha de casa, porque me sinto mais confortável e... percebi que, na verdade, o mundo ta aí pra ser curtido. A vida é uma criança.
    Não, pera.


    O motorista do ônibus de manhã (6:10) é legal e tenta puxar conversa, mas eu sou do tipo calada e só dou umas risadinhas. Queria ser simpática nessas horas, mas tá difícil.

    De manhã, quando saio sozinha, é tão vazio, frio e escuro que eu não sei porquê não tenho medo. Aprendi fazer uma boa cara de blasé que provavelmente me deixa com aparência de adolescentezinha cuzona, mas que me faz sentir BADASS.

    Ajudei duas pessoas no metrô hoje - uma informação e como comprar um livro na máquina. Me faz sentir bem, ter com quem falar. Nem que seja por alguns segundos.



    14 agosto 2016

    07/08 ~ 13/08

    • Algo que escrevi;
    Anotações aparentemente inúteis. Poucas coisas no diário.

    • Algo que li:
    Alice no País dos Espelhos (comecei).
    • Algo que ouvi:
    Amy Winehouse - You Know I'm No Good
    • Algo que assisti;
    Stranger Things -  S01E01/02
    • Algo que cozinhei:
    Macarrão em 25 minutos.
    • Algo pela saúde do corpo:
    Caminhadas matinais com vento na cara. E garoa - dor de garganta mandou lembranças.

    • Algo pela saúde da alma;
    Sair por aí. Sozinha, livre. 
    • Algo novo;
    Comprei um mini O Pequeno Príncipe na máquina de livros do metrô :))
    • Um momento infinito;
    Aulas chatas das quais não entendo uma palavra, apesar de respeitar muito a sabiedade daqueles que lecionam.
    • 20 segundos de coragem insana: 
    Pedir ajuda. Perguntar coisas pra pessoas que não conheço direito. Convidar pessoas pra sair e levar alguns nãos.

    13 agosto 2016

    07/08 ~ 13/08

    • Algo que escrevi;
    Anotações aparentemente inúteis. Poucas coisas no diário.
    Relatório de administração.
    • Algo que li:
    Alice no País dos Espelhos (comecei).
    • Algo que ouvi:
    Amy Winehouse - You Know I'm No Good
    • Algo que assisti;
    Stranger Things -  S01E01/02
    • Algo que cozinhei:
    Macarrão em 25 minutos.
    • Algo pela saúde do corpo:
    Caminhadas matinais com vento na cara. E garoa - dor de garganta mandou lembranças.
    • Algo pela saúde da alma;
    Sair por aí. Sozinha, livre. 
    • Algo novo;
    Comprei um mini O Pequeno Príncipe na máquina de livros do metrô :))
    • Um momento infinito;
    Aulas chatas das quais não entendo uma palavra, apesar de respeitar muito a sabiedade daqueles que lecionam.
    • 20 segundos de coragem insana: 
    Pedir ajuda. Perguntar coisas pra pessoas que não conheço direito. Convidar pessoas pra sair e levar alguns nãos.

    Foi uma semana que passou muito rápido. Parecia que o encanto inicial tinha acabado (apesar de eu ainda me perder no Edifício Santiago) e tudo o que sobrou foi a parte ruim - aulas das quais eu não entendia nada, pessoas mais velhas e formadas as quais eu não me identificava nem um pouco e o início de amizade mais estranho da minha vida. Tudo (bibliotecas, xerox, sala de estudos) só abria depois das 10h da manhã e eu mal comia por achar que não daria tempo, apesar dos intervalos serem bem grandes. Foi um caos. 

    Foi no sábado anterior a essa semana que comprei um livro de Anatomia incrível no Centro, então tive a certeza de que estava no pior curso e que nada ali tinha a ver comigo. Eu estava diante uma terrível desventura.

      12 agosto 2016

      12/08/2016

      Essa semana passou tão depressa. Eu mal pude ver seus movimentos.

      Foram aulas que me fizeram odiar ADS, conviver em sociedade e tudo mais. As pessoa falavam tão bem e se expressavam com tamanha perfeição que tudo o que pude fazer foi sentar e chorar olhar.

      A vida em sociedade é ótima, mas tenho tremendas dificuldades com ela.

      Me sinto triste por ter largado as coisas que gosto de fazer pra viver uma aventura que, no fim das contas, não parece bem o meu caminho. As pessoas lá parecem saber o que querem e tem seus interesses comuns. Parece que vivi numa bolha e nada que fiz construiu uma personalidade.

      Tomei coragem pra comprar um livro na máquina de livros (O Pequeno Príncipe), comprar salada de frutas no CA e perguntar o preço da impressão (bem mais barata do que aqui perto).

      07 agosto 2016

      31/07~06/08

      • Algo que escrevi;
      - Anotações das aulas em um caderninho.
      • Algo que ouvi;
      - Barulho do metrô e dos carros na Rodovia.

      • Algo que assisti;
      - Aulas, aulas por todos os lados;

      - Um pedaço da abertura das Olimpíadas.
      • Algo que cozinhei;
      - Meus músculos depois de correr e subir ladeira;
      - Um macarrãozinho que não ficou lá essas coisas.

      • Algo pela saúde do corpo;
      - Caminhadas, caminhadas por todos os lados.

      • Algo pela saúde da alma;
      - Me sentir livre em um lugar completamente novo pra mim e aconchegante.

      • Algo novo;
      - MINHA CARTEIRINHA DE ESTUDANTE!!!!!!

      • Um momento infinito;
      - Correr no lado esquerdo das escadas do metrô.

      • 20 segundos de coragem insana;
      - Entrar naquele ônibus, sabendo que algo mudaria depois dali.

      • Alguém novo:
      - GENTE NOVA;
      - GENTE NOVA POR TODOS OS LADOS.
      • Um lugar:
      O QUE É AQUELE CENTRO ACADÊMICO?
      UM BURACO.
      SENSACIONAL.

      06 agosto 2016

      Meu início de mundo

      Acabou que nada foi tão ruim quanto eu pensei que seria.

      A primeira semana de aulas foi regada de gente feliz e sorrisos alegres - suspeito que isso possa mudar bastante conforme o tempo vá passando -, mas o mundo se mostrou, apesar de todo o sofrimento inegável, um lugar incrível para se estar agora. Agora, nesse momento.

      Todas as inseguranças podem ser suavizadas com a sinceridade. Porque somos todos iguais, porque todos sentimos as mesmas dores e alegrias e estamos aqui, evoluindo juntos. E por mais que sejamos almas distintas, nossos caminhos se cruzaram.

      31/07~06/08

      • Algo que escrevi;
      - Anotações das aulas em um caderninho.
      • Algo que ouvi;
      - Barulho do metrô e dos carros na Rodovia.
      • Algo que assisti;
      - Aulas, aulas por todos os lados;
      - Um pedaço da abertura das Olimpíadas.
      • Algo que cozinhei;
      - Meus músculos depois de correr e subir ladeira;
      - Um macarrãozinho que não ficou lá essas coisas.
      • Algo pela saúde do corpo;
      - Caminhadas, caminhadas por todos os lados.
      • Algo pela saúde da alma;
      - Me sentir livre em um lugar completamente novo pra mim e aconchegante.
      • Algo novo;
      - MINHA CARTEIRINHA DE ESTUDANTE!!!!!!
      • Um momento infinito;
      - Correr no lado esquerdo das escadas do metrô.
      • 20 segundos de coragem insana;
      - Entrar naquele ônibus, sabendo que algo mudaria depois dali.
      • Alguém novo:
      - GENTE NOVA;
      - GENTE NOVA POR TODOS OS LADOS.
      • Um lugar:
      O QUE É AQUELE CENTRO ACADÊMICO?
      UM BURACO.
      SENSACIONAL.


      O que eu lembro dessa primeira semana de aulas é que foi tudo bem novo. Depois de ter feito a matrícula, comecei a andar de ônibus/metrô sozinha, com uma bolsa no ombro e muito receio. Papai me levou até o ponto no primeiro dia - a aula começava às 8h30min, e o dia já estava claro quando saímos.
      Vários ônibus passaram, inclusive uns com a inscrição "metrô butantã", que eu deveria pegar, mas decidimos esperar pelo verídico ônibus "BUTANTÃ". Quando ele chegou, entrei num salto, e entreguei o dinheiro ao motorista. Ele me enganou: em vez de duas moedas de dez, me deu duas de cinco. Eu soube na hora, mas duvidei e fui trouxa - encostei na parede e foquei em me equilibrar de modo que ninguém percebesse que eu era leiga naquilo e/ou estava insegura. Entrei em desespero interno tentando lembrar qual ponto de referência indicava que o terminal estava próximo.

      Senti alívio quando cheguei no lugar certo. A próxima missão era comprar um bilhete de metrô. Um não, cinco.

      Peguei a fila e olhei pro dinheiro na mão: vinte reais. Pensei: COMPRAR O MÁXIMO DE BILHETES POSSÍVEL. Olhei pro lado, tinha uma mulher com pasta de dente na bochecha. Olhei pro outro, uma fila a parte pra quem tinha dinheiro trocado pra pagar pelos bilhetes. Chegou minha vez. Fiz um 5 com a mão aberta pra mulher e ela me deu três reais em moedas e alguns papeizinhos destacáveis tão rápido quanto a velocidade da luz.

      Saí tonta depois dessa demonstração de agilidade. Olhei pro troco. Era pra ser só um real, o que diacho essa mulher entendeu? Será que tem menos de cinco aqui? Enfiei no buraco da cancela. Não deu. Mudei de cancela. Não deu. Alguém passou a catraca normalmente do meu lado. Parei. Destaquei o papel. Coloquei um só. Passei. Senti os olhares. Fiz a egípcia e saí andando.

      Tentei ser o mais simpática possível esses primeiros dias. Puxando conversa, dando sorrisos, tentando não parecer TÃO desconfortável, pedindo ajuda pra estranhos, ajudando os mais perdidos que eu. O caminho da escola pra casa era o mais rápido possível: nada de fazer hora, pra não perder o ônibus. Nos intervalos, no entanto, aproveitei pra fazer tour naquele lugar tão gigante e antigo. Inacreditável. Sensacional.

      As primeiras aulas me deixaram assustada - mesmo sendo bem mais leve que o ensino médio, algo tão livre é intimidador. Arranjar livros "POR AÍ", ENCOMENDAR sua própria apostila. A ideia de fazer SEMINÁRIOS. 

      Durante uma semana, fui a caloura turista. Muda e curiosa, fugi do trote e achei aquilo tudo uma grande aventura.






      06/08/2016

      A semana passou tão rápido mas aconteceram tantas coisas que até me perdi no tempo.

      Já tenho relatório pra fazer, uns cinco livros pra procurar, uma apostila de gramática/redação pra completar e tanta coisa na cabeça. É ótimo estar empenhada em algo novamente, mas ainda tenho receios sobre isso ser ou não algo que eu vá gostar.

      ACHEI UM LIVRO DE ANATOMIA no bazar do Centro por QUATRO REAIS. É enorme e lindo e eu sempre quis ter um desses em casa, mas tá tudo tão bagunçado por aqui: apostilas, cadernos livros, tudo enfiado nos armários, caixas, em cima da cadeira.

      Vou fazer assim: só compro livro novo se doar um. Talvez isso funcione. Talvez não.

      AGORA VOU APERTAR O PASSO PORQUE TENHO DE PESQUISAR "COMO FAZER UM RELATÓRIO" no google.


      No começo da semana, meus músculos da perna doíam de subir ladeira. Agora, parece que consigo andar um pouco mais rápido.

      04 agosto 2016

      04/08/2016

      Hoje eu não caí em ninguém.
      Apesar de andar um pedacinho da Raposo antes de ir até o primeiro ponto de ônibus ser uma visão horrorosa - neblina, fumaça, barulho de carros, cheiro de fumaça, escuridão e pessoas de moletom - ser algo novo e tenso pra mim, é reconfortante ser livre.

      E incrível poder andar na FATEC, sentar nos corredores, pedir livros na biblioteca, comprar comida, estar rodeado de gente nova. Espero que essa sensação não vire lugar-comum.

      Já estou doida com tanta informação, mas consegui organizar tudo e botar no evernote. MAMÃE QUEBROU A CORDA DO VIOLÃO novo (que "comprou" ontem).

      Estou socialmente felizinha até, porque já interagi (por assim dizer) com umas 5 ou 6 pessoas lá - duas conversas razoavelmente longas - e pedi informações pra uma mulher no terminal de ônibus. Acho que com o tempo perdemos esse medo da vida, né?

      Meu celular dourado diva em qualquer lugar.

      Ah, o professor de Sistemas de Informação fez uma coisa legal:
      Primeira Linha: Nome e idade
      Terceira linha: Curso técnico
      Quinta linha: Curso de grauação
      Oitava linha: como você estuda?
      Última linha: Pergunta ao professor.

      Achei incrível mas estou um pouco cansada pra descrever detalhes. Momentos que precisam ser vividos.

      02 agosto 2016

      02/08/2016

      Hoje não tentei passar na catraca antes da hora: AGORA TENHO UM BILHETE ÚNICO emprestado - o que me deixa livre de alguns constrangimentos mas me deixa de coração na mão por deixar de falar bom dia pro cobrador, pela pressa. E de manhã peguei ônibus em frente ao Shopping Raposo - rezando intensamente pra não ter entrado no ônibus errado.

      O segundo dia de aulas foi pesado. Os conteúdos eram jogados a todo momento pra botar medo nos calouros e tudo o que eu conseguia pensar é "PRESTENÇÃO, PRESTENÇÃO, É A ÚNICA CHANCE DE PEGAR ISSO AQUI, OLHA OLHA". Foi duro sair do ensino médio. E olha que mal começou.

      A professora já chegou situando todo mundo de que ali o buraco é mais embaixo e que vamos ter de ralar e fazer muita redação. Aprender português de verdade. Tenho de entrar no Centro Acadêmico (uma espécie de cafofo dos alunos) pra tirar xerox e pedir apostila. Devia ter feito isso hoje, mas a pressa e o medo do que eu poderia encontrar lá dentro me afastaram.

      A coisa boa é que, na aula de programação e microinformática nós FICAMOS EM UM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA, com computadores lotados de programas. Bem diferente dos da escola, em que o programa mais legal que poderíamos pensar em achar era um Word 2003. Apesar de demorarem décadas pra ligar e eu me sentir meio perdida naquele teclado, tudo ocorreu nos conformes.

      Deu pra relembrar os tempos de fazer lookups e fontes pros fóruns do Neopets, brincar de usar códigos e tudo mais:

      https://sites.google.com/site/hamiltonmv/

      Às vezes você consegue o que quer.
      às vezes você consegue o que precisa,
      às vezes você consegue o que consegue.




      01 agosto 2016

      01/08/2016

      Aquele ônibus parecia que não iria chegar nunca.

      Acordei como quem se arrependeu tremendamente de ter escolhido um curso matutino. Fiquei em dúvida sobre o que vestir até o último minuto, quando coloquei as blusas que achei apropriadas ao clima e que tinham uma neutralidade de cor incrível - calça jeans, all star branco, blusa cinza e casaco preto.

      Papai me levou até o ponto e entrei num ônibus sozinha pela primeira vez - com o cu na mão, sem saber onde descer. O cara me deu troco errado (duas moedas de 5 ao invés de duas de 10) e eu não tive estabilidade emocional pra reclamar, então me sentei e fiquei olhando atenta pela janela, com a cara de blasé cansada que todos fazem no transporte público.

      Para minha felicidade, um punhado de pessoas iriam pro metrô também, então me toquei na hora e as acompanhei. No metrô, fiquei na fila pra pegar os bilhetes e tinha uma nota de R$20 na mão, então pedi cinco e esperei o troco de um real. Só que a moça me deu várias moedas (que totalizavam uns três reais) e eu saí andando, atordoada, me perguntando QUE DIABOS AQUELA MULHER TINHA ENTENDIDO COM MEUS CINCO DEDOS LEVANTADOS.

      A confusão se deu por ter dois bilhetes grudados, então pensei que ela tinha se confundido e me vendido três e dado o troco errado. Mas não. Botei dois bilhetes grudados na catraca e nada acontecia. Troquei de catraca. Botei os dois de novo. Nada aconteceu. Então dei uma de barata tonta, separei um e passei. Encostei num canto, joguei tudo na bolsa e segui o fluxo, rumo ao sucesso.

      Foi tranquilo o primeiro trajeto (apesar de eu achar que dei muita volta pra chegar ao metrô) e, tirando o fato de que eu caí em cima de uma mulher depois da baldeação, tudo correu bem.

      Percebi que os arredores da faculdade são bem mais animados de dia de semana - várias barraquinhas de comida, banca de jornal, ponto de ônibus. Assinei meu nome na portaria e fiquei aguardando, olhando formigas, completando livrinho de raciocínio lógico, construindo relações mentais e, finalmente, peguei minha carteirinha e entrei no anfiteatro.

      Uma menina perdida na porta também estava perdida como eu, então sentamos lado a lado. Nenhuma conversa floresceu, provavelmente porque ela também tava com receios dessa nova vida.

      A palestra foi loonga, falaram várias coisas que provavelmente ninguém vai se lembrar e, no fim, fizemos um mini tour na faculdade e tivemos uma "aula inaugural".

      Coisas que me chamaram atenção:
      A partir do segundo semestre, aulas de inglês;
      Trote solidário, 1kg de alimento;
      Programas da Microsoft;
      Carteirinha e biblioteca.

      A volta foi tranquila, apesar de eu ficar tentando forçar a catraca antes do cara liberar com o bilhete único - força do hábito de quem usava ônibus antes disso existir.