Já faz uns três dias que incorporei um estilo de vida sedentário e viciado de novo, tudo porque eu sentia tanta falta de um amigo por perto e dessa vez, finalmente, eu tinha um; é um dos melhores eventos desses últimos tempos e me faz sentir melhor. Muito, muito melhor.
Quando ele apareceu, depois de quase ter um ataque do coração, meu sentimento foi de alívio. Dali tudo que ficou pela metade tinha se reconstruído e então parecia que nada tinha acontecido, que era só a mudança de um dia pro outro.
Os dias que se seguiram foram meio obscuros e cheios de melancolia. Para minha surpresa, nenhum arrependimento - acho que nessa situação, mais do que em nenhuma outra, eu pude sentir algo como "foi melhor que tenha sido desse jeito". Crescer e ver o crescimento de pessoas ao nosso redor se torna tão doloroso quando o destino não é o que se espera (digamos, 100% feliz). Fico pensando, particularmente, se algo eu fizesse pudesse mudar o modo como a vida aconteceu. Acho que a resposta deve ser não. Não, pra acalentar os corações cheios de culpa. Não, pra dar chance ao crescimento pessoal, que é doloroso. Não, pra aceitar os sofrimentos como o que eles são - choques necessários para nos fazer crescer e mudar.
E de todo modo, fisicamente, minha cabeça dói por todo esse tempo em frente ao computador ouvindo alguns dos 1001 álbuns pra ouvir antes de morrer. Meu nariz também sangrou um pouco, talvez por conta do frio tenso que já está indo embora. Gostaria mesmo de escrever alegrias mas, aparentemente, sempre que começo me lembro de obscurantismos intrincados nos meus pensamentos.
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