30 setembro 2016

29~30/09/2016

Eu não sei como me sinto. Essa semana foi uma daquelas em que você vive normalmente no mundo exterior, se cansa fisicamente e acaba por esquecer um bocado da sua própria consciência e de estar atento ao mundo ao redor - várias provas no lugar das aulas me deixaram cansada.
Percebi que resquícios do ensino médio ainda pairam sobre minha alma: ainda tenho inseguranças que me fazem pensar que todos ao meu redor me excluem automaticamente do ambiente. As pessoas me notam e isso me assusta. 

Tive a oportunidade de recomeçar.

Mas ser livre depois de uma vida toda em cárcere não é tão simples.

Freaks and Geeks S01E15/16

No episódio 16 de Freaks and Geeks, Bill, Sam e Neal vão a uma make-out party e no jogo da garrafa Bill vai pra 7 minutos no paraíso com uma cheerleader. Então ele pergunta: "What's it like being pretty?... I think people treat you nicer when you are pretty".


Isso me lembrou as piores partes da escola: a época do fim da infância em que de repente sua aparência começa a ser uma questão. Aquele sentimento de exclusão e anormalidade que surge quando todos ao seu redor parecem viver em um mundo em que você não está incluído. Uma regra invisível e um consenso social vindo sei-lá-de-onde que rouba nossa capacidade de nos sentirmos heróis.

A névoa que me tirou tanto tempo e tantas oportunidades. A autodefesa excessiva que impede de tomar atitudes.



24 setembro 2016

18/09~24/09

  • Algo que escrevi:
- Python, python, python. Prova de Python, exercícios de python;
- Estranhamente, essa semana meu cérebro estava mais alerta e consegui fazer anotações durante as aulas.


  • Algo que li:
- O mistério da casa verde (ainda lendo).


  • Algo que ouvi:
- The Cranberries - Zombie;
- Angelina Jordan - Fly Me To The Moon;
- Angelina Jordan - Gloomy Sunday.
- Cássia Eller - ACÚSTICO MTV (2001).

  • Algo que assisti:
- Family Guy - S10E01;
- The Voice Kids: The Blind Auditions (várias avulsas no youtube);
- The Noite - Bela Gil;
Cássia Eller (2014);
- The Big Bang Theory S10E01;
- Freaks and Geeks S01E04 e S01E05.


  • Algo que cozinhei:
ISSO MESMO, MACARRÃO COM MASSA DE TOMATE, AZEITE, ALHO, ORÉGANO E SAL.


  • Algo pela saúde do corpo:
- Tive uma ideia de sanduíche natural: cenoura ralada, alface, queijo e presunto (não sei porque consideram presunto saudável mas ok) em um bom pão. 

  • Algo pela saúde da alma:
Conhecer jazz. Espalhar cumprimentos e sorrisos por aí.

  • Algo novo:
- Lira dos Vinte Anos (Álvares de Azevedo) na máquina de livros por R$1,00;
- Experimentei o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão). Era bom, não era de vento;
- Um cara radômico do metrô me disse: "Uma grande amiga sua quer te derrubar."

  • Um momento infinito:
Um cara peidou no ônibus e o mais engraçado foi ver a mulher do lado dele tentando abrir a janela emperrada. Ela não conseguiu.

  • 20 segundos de coragem insana:
Agir em alguns momentos como se a timidez não existisse (o resultado foi meio que flashbacks em momentos posteriores esporádicos que me torturaram dizendo "VOCÊ PODERIA TER FEITO DIFERENTE", mas valeu a pena).

    • Alguém novo:
    Britney de Looff;
    Angelina Jordan;
    Cássia Eller.



    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O que dizer dessa semana que já acabou e foi estranha pacas. Nada me chamou muita atenção na anterior porque eu estava realmente cansada e não tão motivada mas, eis que uma nova semana começa e um novo mundo de possibilidade se abre.

    Cá um trecho de reflexões passadas:

    21/09/2016 

    "Estou mais falante esses dias.

    Depois que aquele cara aleatório do metrô falou "Uma grande amiga sua quer te derrubar.", o que primeiro passou pela minha cabeça foi "QUE AMIGA?" no sentindo de SUJEITO NÃO EXISTENTE, então eu perguntei: "QUE AMIGA?" e ele simplesmente disse "Isso eu não sei" e desceu na estação Faria Lima. Fiquei com cara de tacho, um pouco de medo, e até esqueci da possibilidade de ser só mais um cara doido no meio de São Paulo.


    ---

    Os últimos dias se basearam em assistir aulas e tentar resolver exercícios de Python (que mais são de pura abstração lógica), inclusive nos plantões pós-aula. Comi pastel segunda-feira na barraquinha que diz ter o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão) e é tão igual catupiry que me deixou feliz, mas o frango era bem seco sem ele. Pensei em pegar vinagrete, mas tinha um cara fazendo o pastel de copo: colocou uns 8 copinhos de vinagrete dentro e saiu comendo na maior cara de pau. Observei a POKER FACE da mulher da barraca e preferi não dar mais prejuízo pra ela.

    E falando em situações sem noção, hoje alguém peidou no ônibus. Fiz a egípcia e observei: a mulher do lado do cara tentando abrir a janela emperrada (que não abriu) e a moça do meu lado fazendo gestos sutis e embaraçados de quem quer afastar o vento fedido do ar que ela respira. Quis rir muito. Continuei com a melhor cara blasé que consegui fazer.


    ---

    A viagem de ida e volta é por vezes emocionante. Quando meu cérebro está descansado o suficiente, consigo observar as pessoas ao meu redor. Esporadicamente, encontro pessoas conhecidas no metrô, mais raramente no ônibus, e quase todas as vezes prefiro fazer de conta que estou no modo zumbi (aquele que todos ficam enquanto estão utilizando transporte público) e que nem vi que eles estavam ali. Claro que essa tática não deve funcionar mas, eles nunca vieram falar comigo, então... devem estar fazendo o mesmo.

    É meio contra meus princípios escrever sobre pessoas, então vou ser bem subjetiva. Olhar nos olhos de alguém é uma ação bem intensa. Quer dizer, eles dizem tanto. A face como um todo na verdade, toda a expressão. Frequentemente evito olhar pro rosto das pessoas por muito tempo porque me é esquisito.

    E então tem aquele olhar em que nada mais você vê: SÓ OS OLHOS. Se alguém perguntar sobre o resto do rosto, você não sabe dizer. Só que olhou nos olhos e foi tempo suficiente pra que uma estranha familiaridade fosse criada no departamento social do cérebro."


    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Me senti como uma senhora ouvindo jazz. Fui uma adolescente assistindo Freaks and Geeks, ouvindo Cássia Eller e lendo os sentimentos de Álvares de Azevedo. Sou uma criança observando o mundo.

    21 setembro 2016

    21/09/2016

    Tenho estado mais falante esses dias.

    Depois que aquele cara aleatório do metrô falou "Uma grande amiga sua quer te derrubar.", o que primeiro passou pela minha cabeça foi "QUE AMIGA?" no sentindo de SUJEITO NÃO EXISTENTE, então eu perguntei: "QUE AMIGA?" e ele simplesmente disse "Isso eu não sei" e desceu na estação Faria Lima. Fiquei com cara de tacho, um pouco de medo, e até esqueci da possibilidade de ser só mais um cara doido no meio de São Paulo.

    Os últimos dias se basearam em assistir aulas e tentar resolver exercícios de Python (que mais são de pura abstração lógica), inclusive nos plantões pós-aula. Comi pastel segunda-feira na barraquinha que diz ter o "MELHOR PASTEL DE SÃO PAULO" (frango com requeijão) e é tão igual catupiry que me deixou feliz, mas o frango era bem seco sem ele. Pensei em pegar vinagrete, mas tinha um cara fazendo o pastel de copo: colocou uns 8 copinhos de vinagrete dentro e saiu comendo na maior cara de pau. Observei a POKER FACE da mulher da barraca e preferi não dar mais prejuízo pra ela.

    E falando em situações sem noção, hoje alguém peidou no ônibus. Fiz a egípcia e observei: a mulher do lado do cara tentando abrir a janela emperrada (que não abriu) e a moça do meu lado fazendo gestos sutis e embaraçados de quem quer afastar o vento fedido do ar que ela respira. Quis rir muito. Continuei com a melhor cara blasé que consegui fazer.

    A viagem de ida e volta é por vezes emocionante. Quando meu cérebro está descansado o suficiente, consigo observar as pessoas ao meu redor. Esporadicamente, encontro pessoas conhecidas no metrô, mais raramente no ônibus, e quase todas as vezes prefiro fazer de conta que estou no modo zumbi (aquele que todos ficam enquanto estão utilizando transporte público) e que nem vi que eles estavam ali. Claro que essa tática não deve funcionar mas, eles nunca vieram falar comigo, então... eles devem estar pensando o mesmo que eu.

    É meio contra meus princípios escrever sobre pessoas, então vou ser bem subjetiva. Olhar nos olhos de alguém é uma ação bem intensa. Quer dizer, eles dizem tanto. A face como um todo na verdade, toda a expressão. Frequentemente evito olhar pro rosto das pessoas por muito tempo porque me é esquisito.
    E então tem aquele olhar em que nada mais você vê: SÓ OS OLHOS. Se alguém perguntar sobre o resto do rosto, você não sabe dizer. Só que olhou nos olhos e foi tempo suficiente pra que uma estranha familiaridade fosse criada no departamento social do cérebro.

    17 setembro 2016

    11/09 ~ 17/09

    • Algo que li:
    - Algumas páginas de um livro de Algoritmos e Lógica de Programação.
    • Algo que ouvi:
    - Caetano Veloso and Lila Downs - Burn It Blue;
    - Amy Winehouse - Back to Black (álbum 2006).
    • Algo que assisti:
    - Flipped – O Primeiro Amor;
    - Frida (2002);
    - The Fundamentals of Caring;
    - A Rede Social;
    - Human (2015).
    • Algo que cozinhei:
    - Tapioca com goiabada.
      • Algo pela saúde do corpo:
      - Boa caminhada até o mercado;
      - Corridas de manhã pra conseguir pegar o ônibus das 06:03.
      • Algo novo:
      - Tang. Tang chá. É esquisito beber chá açucarado em pó, mas... é bom. 
      • Um momento infinito:
      - Chegar em casa na sexta-feira e poder tomar um chá e assistir um filme debaixo das cobertas. 

      • 20 segundos de coragem insana:

      - Entrar naquele pet shop só pra ver o preço e... sair voando logo depois;
      - Ir no mercado só pra comprar chocolate e passar pelo caixa com cara de "NÃO ME JULGUE".
      • Alguém novo:
      - Frida Kahlo.

        13 setembro 2016

        Big Brother Caruncho

        Abri o pote de arroz e tinha dois carunchos fornicando.

        A temperatura agora dentro de casa é o que eu chamo de clima perfeito - você, parado onde está, com a roupa que estiver, não saberá dizer se sente frio ou se sente calor; efeitos de uma primavera despontada. Andando por aí verás que as árvores estão tão maduras que as cores das flores são o mais vibrante possível e há tantas delas quanto pode haver.

        Apesar do ambiente poético, preciso dizer que o calor faz com que o desânimo se instaure no âmago da minha alma: tenho uma semana e meia até que as provas comecem, estou no meio da sexta semana de aulas e tudo o que consigo pensar é: minha vida não faz sentido algum.

        Tem muitas peças erradas nesse quebra-cabeça. É como se eu estivesse vivendo a vida de alguém.

        10 setembro 2016

        04/09 ~ 10/09

        • Algo que li:
        - O Pequeno Príncipe.

        • Algo que ouvi:
        - Amy Winehouse - You Know I'm No Good;
        - Amy Winehouse - Back To Black;
        - Amy Winehouse - Frank (álbum 2003).

        • Algo que assisti:
        - Amy;
        - The Simpsons - S27E21;
        - A.I. - Inteligência Artificial.

        • Algo que cozinhei:
        - ADIVINHAA: MACARRÃO COM TOMATE.


        • Algo pela saúde do corpo:
        - Nas últimas duas semanas tenho comido bastante; adeus roncos matinais :)
        - Caminhada no centro da cidade + bônus sacola.


        • Algo pela saúde da alma:
        - Não ligar. Cagar e andar (ainda em treinamento).



        • Algo novo:
        - EXPERIMENTAR ÓCULOS DE REALIDADE VIRTUAL;
        - Visitei a Santa Ifigênia e a 25 de março, algo que eu não fazia desde... muito tempo;

        - Meias novas. É estranho e reconfortante ter meias que se encaixam perfeitamente nos seus pés;
        - Brincos! Há muito tempo não tenho/uso brincos. Uma revolução se aproxima.

        • Um momento infinito:
        Observar uma multidão subindo e descendo a Ladeira Porto Geral é uma expriência interessantíssima. É como uma daquelas imagens de Onde está Wally?, só que ao vivo.


        • 20 segundos de coragem insana:
        Mudar a opção de curso na inscrição do vestibular. Sabe-se lá porquê, mas parece que meus conceitos mudaram. Assim. Do nada. Talvez não seja do nada. Talvez... eles sempre estiveram ali, escondidos. No final das contas, vou precisar de três anos de coragem insana.

        • Alguém novo:
        - Amy Winehouse.

        Quanto mais a segunda-feira parece distante ao fim da semana, melhor os dias foram aproveitados. O feriado de quarta-feira contribuiu pra que o período de aulas ficasse menos cansativo. Deveria ter feito um relatório sobre aquela palestra que assisti no Congresso, mas não fazia a mínima ideia do assunto, então simplesmente relevei.

        Foram dias irritadiços, digamos assim. Passar tanto tempo como mero expectador, observando, acaba fazendo que com o mundo pareça um lugar extremamente repetitivo e monótono. E então penso, o que há de errado comigo pensando assim? Semana passada era tudo tão colorido e novo e meus olhos brilhavam diante da vida. Algumas vezes tenho certeza do que fazer. Outras simplesmente quero sair correndo desse caminho em que me meti.

        Me isolo demais. É possível que isso seja um problema. 


        04 setembro 2016

        28/08 ~ 03/09

        • Algo que escrevi:

        - Anotações inúteis.

        • Algo que li:

        - Terminei Alice no País dos Espelhos :))

        • Algo que ouvi:

        - Cigana - Hugo Pena e Gabriel (NÃO. SAI. DA. CABEÇA. AAAA.)

        • Algo que assisti:

        - Uma palestra da Vodafone que, pra ser sincera, não lembro nenhuma palavra. Nem lembrava que era da Vodafone, inclusive.

        • Algo que cozinhei:

        - Cozinhar não cozinhei, mas comi hambúrguer com batata frita duas vezes essa semana:

                - Um X-Salada super sem graça no Burguer King (R$ 14,90), batata pequena e chá de pêssego (free refil). Tempo de espera: rapidíssimo, uns 3 minutos.

                - Um Duplo X-Burguer Bacon com Ovo com batata média e refrigerante 300ml (R$10,37). Dividi o refri e a batata, porque né. Tempo de espera: uns 10~15 minutos.

        Pra quem estava a beira de cair de pressão baixa por falta de alimento (ou por comer bala de barriga vazia, quem é que sabe), parece que agora estou bem. 
        • Algo pela saúde do corpo:
        - O máximo pela saúde que fiz essa semana foi, depois de levar um sustinho básico, que preciso tomar café da manhã.

        • Algo pela saúde da alma:
        - Me permitir a descoberta e a curiosidade. Preciso de ainda mais coragem nesse sentido.
        • Algo novo:
        - Agora sei vir da Paulista pra casa :) Alguém me segura.
        • Um momento infinito:
        - Visitar a Livraria Cultura. Moraria lá. Um colchonete na sessão de livros infantis e um bom pijama. É só disso que preciso;
        - A estação do metrô Consolação. AQUILO LÁ É UM PLAYGROUND GIGANTE;
        - Andar pela Avenida Paulista. Observar os prédios gigantes, as banquinhas, pessoas por toda parte e o sol de final de tarde batendo.
        • 20 segundos de coragem insana:

        Ir ao IOT Latin América - 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE INTERNET DAS COISAS sem nem saber como voltar pra casa.

        Quem diria, mas essa semana foi a semana de alguém "normal". Quer dizer, saí duas vezes da linha casa-escola - no dia do congresso e hoje, que foi aniversário de mamãe. Apesar disso, tenho que dizer que meus problemas de comunicação ainda são tensos; encontrei várias pessoas conhecidas no metrô e o que eu fiz foi a egípcia com quase todos, menos minha própria irmã, porque ela me bateu com uma bolsa. 
        Tivemos o primeiro dia de aula em tempo chuvoso (saí da estação e o céu tava bem carregado), o que me fez levar guarda-chuva no dia seguinte e perceber que já estávamos nos 24ºC e nenhuma gota de chuva caiu. Uma loucura o clima dessa cidade.

        Vi uma mulher sentada no banco do metrô; uma pessoa sozinha em um ambiente lotado. Os olhos estavam marejados, ela segurava a bolsa no colo. Quarenta e tantos anos, os dedinhos limpando delicadamente os olhos de quem chorava escondido. Quis perguntar se estava tudo bem. Por que não perguntei?

        ---

        Se não posso mudar meu destino, farei com que ele se vire a meu favor.
        Ainda estou matutando sobre isso, na verdade. O fato é que a vida das pessoas ao meu redor não tem estado tão favorável e agora, mais do que nunca, tenho de estar presente e consciente pra que possa ajudar nisso sem me afetar emocionalmente e acabar por semear a discórdia - tornar complicado o que não deveria ser.

        03 setembro 2016

        28/08 ~ 03/09

        • Algo que escrevi:

        - Anotações inúteis.

        • Algo que li:

        - Terminei Alice no País dos Espelhos :))

        • Algo que ouvi:

        - Cigana - Hugo Pena e Gabriel (NÃO. SAI. DA. CABEÇA. AAAA.)

        • Algo que assisti:

        - Uma palestra da Vodafone que, pra ser sincera, não lembro nenhuma palavra. Nem lembrava que era da Vodafone, inclusive.

        • Algo que cozinhei:

        - Cozinhar não cozinhei, mas comi hambúrguer com batata frita duas vezes essa semana:

                - Um X-Salada super sem graça no Burguer King (R$ 14,90), batata pequena e chá de pêssego (free refil). Tempo de espera: rapidíssimo, uns 3 minutos.
                - Um Duplo X-Burguer Bacon com Ovo com batata média e refrigerante 300ml (R$10,37) no Giraffes. Dividi o refri e a batata, porque né. Tempo de espera: uns 10~15 minutos.

        Pra quem estava a beira de cair de pressão baixa por falta de alimento (ou por comer bala de barriga vazia, quem é que sabe), parece que agora estou bem. 
        • Algo pela saúde do corpo:
        - O máximo pela saúde que fiz essa semana foi, depois de levar um sustinho básico, que preciso tomar café da manhã.

        • Algo pela saúde da alma:
        - Me permitir a descoberta e a curiosidade. Preciso de ainda mais coragem nesse sentido.
        • Algo novo:
        - Agora sei vir da Paulista pra casa :) Alguém me segura.
        • Um momento infinito:
        - Visitar a Livraria Cultura. Moraria lá. Um colchonete na sessão de livros infantis e um bom pijama. É só disso que preciso;
        - A estação do metrô Consolação. AQUILO LÁ É UM PLAYGROUND GIGANTE;
        - Andar pela Avenida Paulista. Observar os prédios gigantes, as banquinhas, pessoas por toda parte e o sol de final de tarde batendo.
        • 20 segundos de coragem insana:

        Ir ao IOT Latin América - 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE INTERNET DAS COISAS sem nem saber como voltar pra casa.

        Quem diria, mas essa semana foi a semana de alguém "normal". Quer dizer, saí duas vezes da linha casa-escola - no dia do congresso e hoje, que foi aniversário de mamãe. Apesar disso, tenho que dizer que meus problemas de comunicação ainda são tensos; encontrei várias pessoas conhecidas no metrô e o que eu fiz foi a egípcia com quase todos, menos minha própria irmã, porque ela me bateu com uma bolsa. 
        Tivemos o primeiro dia de aula em tempo chuvoso (saí da estação e o céu tava bem carregado), o que me fez levar guarda-chuva no dia seguinte e perceber que já estávamos nos 24ºC e nenhuma gota de chuva caiu. Uma loucura o clima dessa cidade.

        Vi uma mulher sentada no banco do metrô; uma pessoa sozinha em um ambiente lotado. Os olhos estavam marejados, ela segurava a bolsa no colo. Quarenta e tantos anos, os dedinhos limpando delicadamente os olhos de quem chorava escondido. Quis perguntar se estava tudo bem. Por que não perguntei?

        Acho que não nasci pra ser normal.
        ---

        Se não posso mudar meu destino, farei com que ele se vire a meu favor.
        Ainda estou matutando sobre isso, na verdade. O fato é que a vida das pessoas ao meu redor não tem estado tão favorável e agora, mais do que nunca, tenho de estar presente e consciente pra que possa ajudar nisso sem me afetar emocionalmente e acabar por semear a discórdia - tornar complicado o que não deveria ser.

        03/09/2016

        Já faz outra semana que não escrevo nada. Os motivos são: acordo às 5:00 da manhã, minhas tardes evaporam e de noite só o que eu quero é dormir.

        No começo da semana eu decidi pegar outro ônibus e, por consequência, cheguei quase todos os dias mais cedo - lá pelas 6:58. O que pensar sobre isso. Só que é muito cedo pra chegar, só. Essa semana perdi um pouco de fé na humanidade. O motorista doido, a mulher chorando sozinha no metrô, o passeio na Paulista naquele Congresso chato e na livraria cultura onde tive que pirar sozinha na magia daquele lugar. 

        Saudades de... sei lá. Dá pra ter saudades de algo que nunca existiu? Sinto falta, na verdade, de alguém pra me acompanhar nos meus frenesis. Mas enfim.

        Foi uma loucura na Paulista. Aquela rua incrível, o sol batendo, tanta gente, o hippies nas banquinhas. Queria ter ficado por lá mais tempo, mas já era tão tarde. E tínhamos de ir pro congresso. Bleh. Meio tenso voltar sozinha naquele ônibus cheio, mas consegui.

        Hoje também foi aniversário de mamãe. Fomos ao shopping, comemos um belo lanche, ela SE DEU um óculos e voilá, cá estou.

        Soninho básico.

        Ah, aquele moço que ajuda o professor Ciscato ensina bem demais. Sensacional.