Cá tenho enfrentado uma severo vício em Stop e Gartic que já passaram por motivos de: enjoei. Quem liga, você se pergunta. Sua mãe, aquela guerreira maravilhosa.
Estranhamente O Apanhador no Campo de Centeio e 10 Coisas que eu Odeio em Você se esgueiraram pelos meus olhos esse último mês, mostrando quando o ser humano percebeu a existência de um período jovem adulto na vida e depois o início de conteúdo clichêMATIZADO voltado pra esse público (leia-se filmes adolescentes da Disney e Capricho). Quantas vezes não tentamos nos achar em mais uma cópia barata da mesma história. Quantas vezes não procuramos nossa idade no Google pra ver o que as outras pessoas da nossa idade fazem.
Eu nunca fiz isso.
Senhora?
Ok, não era bem esse tema que eu tinha em mente. É o seguinte: como a vida nunca é do jeito que a gente imagina, estou novamente na situação em que o resultado de uma prova vai definir o que vou fazer a maior parte do meu próximo ano. Quer dizer, antes tinha uma opção, agora não tem mais.
No último dia de aula, no ano passado, a escola já estava toda desestruturada das suas funções (cadeiras voando, espuma, despedidas) e, depois que a parte da manhã acabou, almocei sentada em uma sala vazia, confusa pelo que iria acontecer dali pra frente - encerrando o ano tipicamente, com uma bela recuperação de física nas fuças. Era o último tudo naquele dia. Últimos momentos como aluna no lugar que eu frequentei por onze anos, última prova, última olhada naquele lugar e nas pessoas de lá. O que era depois daquilo? Adulta? Pfff, claro que não. Com cara de criança e recém-dezessete na testa, provavelmente poderia fazer o terceiro de novo e ninguém iria reparar.
A vida era baseada em estudar, procrastinar estudos, descansar de tantas aulas, se sentir como quem não tem um papel útil no mundo. Esquecer de se divertir de verdade pra passar o tempo o mais rápido possível porque temos de dormir cedo. E acordar cedo. E fazer tudo de novo. Acho que fiquei velha demais naquele ano.
Uma pessoa zumbi, tão distante de si mesma que sua alma vive longe do corpo e não consegue conectar essas duas partes. Tudo é um medo, solitário e sem emoção.
O que você vai fazer?
Quando a gente diz que não gosta de nada, é porque considera muitas coisas como nada. Ou estejamos desvalorizando nossas paixões. O medo faz isso: entra na sua casa, come sua comida e, se reclamar, ainda traz amigos folgados. As ambições dos outros pra nossa própria vida fazem isso.
Sempre escutei que deveria escolher uma coisa pra fazer pelo resto da vida e, quando chega a hora da pra perceber que aquilo que realmente interessa não está em nenhum curso; não se ensina alguém a viver e muito menos a se apaixonar. Se encaixar é uma tarefa cheia de recaídas mas, assim que acontece, não tem necessidade de perguntar por que é que não sou como os outros e simplesmente fazer a coisa mais natural e básica da tua vida que é ser você, com todo o prazer.
Você já está fazendo aquilo que ama?
Aloha,
Lisik
Uma pessoa zumbi, tão distante de si mesma que sua alma vive longe do corpo e não consegue conectar essas duas partes. Tudo é um medo, solitário e sem emoção.
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O que você vai fazer?
Quando a gente diz que não gosta de nada, é porque considera muitas coisas como nada. Ou estejamos desvalorizando nossas paixões. O medo faz isso: entra na sua casa, come sua comida e, se reclamar, ainda traz amigos folgados. As ambições dos outros pra nossa própria vida fazem isso.
Você já está fazendo aquilo que ama?
Aloha,
Lisik
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