30 outubro 2015

Um rascunho sobre a luta contra a procrastinação

Construir uma rotina quando não existe algo empurrando (leia-se obrigações) é uma das tarefas de desafio mais difíceis desde que o ser humano é essa pessoa tão cheia de ambições sobre o conhecimento. Temos teorias, vídeos motivacionais, fé, pesquisas científicas, mas o que realmente conta, senhoras e senhores, é a determinação; como se fosse fácil assim. Longe de ser preguiça, é só o instinto biológico de homeostase mental ou físico de inércia - será que Newton procrastinava? E Marie Curie?

Digamos que eu tenha testado muitas fontes de informação esse ano - sites, aulas em vídeo, livros, apostilas, tabelas, tópicos, esquemas, blá blá blá - e cada um teve sua durabilidade enquanto eu tentava entender uma matéria sempre por vezes desinteressante, principalmente quando já estava cansada de empurrar conteúdos abaixo via goela. Eis o fato: somos mais produtivos quando 1) Temos uma rotina, 2) Estamos desesperados (geralmente essa quer dizer que a prova é amanhã ou o vestibular daqui duas semanas) 3) Quando é por/para alguém.

Uma rotina cumprível não combina com distrações, fome, cansaço, dores, tecnologia (salvo em casos de conteúdo online, o que requer um pouco mais de controle) e viroses.

O que mais funcionou foi ter uma mesa perto da janela, livros com capítulos coloridos e com algumas imagens e bons textos (do tipo que se pode entender e ler por uma hora sem precisar se perguntar quem diabos é Pepino), poucas questões no final do capítulo (fazíveis em pelo menos uma hora no total, dissertativas de preferência, tipo o livro Geografia Geral do Brasil), sanidade mental, canetas coloridas, boas aulas em vídeo (nerkie, Jubilut, Se liga nessa história). Quão é o desespero de terminar um capítulo e ver que vai passar a tarde toda resolvendo a página de exercícios porque não quer sentir que faltou algo. De fato, nunca terminei aqueles exercícios todos. 

O saldo final disso tudo é que essa cobrança tão grande em nós mesmos e depois a decepção por não ter conseguido fazer tudo é tão insana; somos nós lutando contra nosso próprio corpo a cada desafio, de novo e de novo. Claro que não vamos culpar os historiadores que escrevem as apostilas ou quem é que mandou deixar tudo em preto e branco, porque no final realmente depende só da nossa própria determinação, mas vamos tentar de tudo antes de cogitar desistir ou entrar em um mar de martírios.






26 outubro 2015

"Tudo o que é preciso para que as forças do mal prevaleçam é que bons homens e mulheres não façam nada." (Edmund Burke)

Depois de ter uma breve taquicardia pela possibilidade de chegar atrasada (mesmo faltando uma hora e o caminho levar menos de vinte minutos), terminei o segundo dia de um fim de semana que pareceu ter passado em um estalar de dedos, mas que deixou seus resquícios físicos bem claros. A prova foi enorme como o ano passado, aparentemente mais difícil e o tema da redação não poderia ter sido melhor.

Pra falar a verdade, pensei em:
Malala Yousafzai
Simone de Beauvoir
Tavi Gevinson
Emma Watson (#ElesPorElas) --> Edmund Burke
AzMina
Nana Queiroz --> Presos que Menstruam, #NãoMereçoSerEstuprada
#PrimeiroAssédio

E não usei nada disso. Que morte horrível.

De qualquer forma, me desprendi do pensamento de que o único caminho possível ou desejável seria entrar na faculdade x no curso y, porque aprendizado pode vir de qualquer lugar, porque aprendi mais sobre enfrentar medos, sobre conhecimentos básicos de sobrevivência e convivência em sociedade fora da escola do que jamais iria aprender dentro dela. É que quando a gente cresce como geração Z tem a visão de que o sucesso vem como destino de caminhos específicos e não aprende a buscar a felicidade no caminho para outras estradas; afinal, é tão difícil mudar de direção quando tudo ao redor é escuro e imprevisível.


A música não tem nadavê mas quem se importa

24 outubro 2015

Todos somos pura flor de vento

AS CARTEIRAS ERAM NÃO-UNIVERSITÁRIAS!

A fiscal de sala era tão amorzinho que tive vontade de levar pra casa, mas não pude fazer isso porque ela precisa fiscalizar a sala amanhã; minha mãezinha do ENEM que fez coisas que vão ficar só cá entre nós, mostrando que é possível sim ser respeitada sem precisar arremessar nuvens cinzas por cima de cabeças. O saldo de aprendizado desse dia foi:

- Aprender a não levar água congelada pra provas;
- Não deixar um pacote de pão em locais inapropriados porque um rato pode comer;
- As pessoas só vão perguntar da sua Pós-Graduação no final das contas;
- Almoçar antes de fazer a prova;
- Levar um casaco, só por precaução;
- Todo ano tem prova.

Agora minha cabeça dói um pouco por ter passado tanto tempo lendo e lendo sem parar, meu coração me diz "você falhou, mas ganhou coisas imensamente importantes" e sim, eu conferi a pré-correção que já tá correndo pela internet. 

Passa tão depressa agora, tão despreocupado e despercebido. Talvez eu precise de um banho e um cachorro me acordando amanhã de manhã.

23 outubro 2015

NERVOUSOUR PRÉ ENEM


Ok. É o seguinte:

Pedi conselhos ao meu eu do passado (um pouco megalomaníaco), que aparentemente está enfrentando tempos terrivelmente melancólicos sobre algum final que a torturou e fez bem em acabar, mas que mesmo assim não deixa de ser um adeus e, como todo bom adeus, sempre leva um pedaço de você e perde um pedaço para você. De qualquer forma, ela é jovem; vai ficar tudo bem, é forte o suficiente.

Agora, DE VOLTA PRO FUTURO (Martin McFly, se estiver lendo isso, me encontre na sessão de condimentos do mercado local), amanhã é o primeiro dia do ENEM e, não importa quantas vezes eu for fazer essa maldita prova, vou sempre procurar sobre o que devo levar/vestir/ser/fazer. Todos os jornais tem uma matéria sobre isso, mas vou deixar minhas considerações por aqui  porque talvez um dia isso seja útil e porque me deixa mais tranquila saber que alguma parte de mim sabe o que fazer.

Para pessoas que não costumam frequentar lugares novos com muita frequência, estar em um colégio completamente desconhecido pode trazer um certo pânico desconforto, principalmente porque estamos sozinhos em meio a uma multidão que parece saber exatamente onde estão e o que fazer ali. E aí que fica a deixa: UMA MULTIDÃO INDO FAZER A MESMA COISA quer dizer que todos vão pro mesmo lugar, então simplesmente siga o fluxo. Caso o fluxo esteja se dispersando, repita o número da sala sem parar na cabeça, mas não esqueça de usá-la pra achar uma lógica crescente ou decrescente na ordem das portas. Em caso de dúvida, perguntar pra um dos fiscais de uniforme ,porque são umas 800 pessoas e ele não vai lembrar da sua cara. É ótimo chegar antes porque dá pra explorar o território e ir ao banheiro antes de entrar na sala (reze por carteiras não-universitárias).

pessoas
eu


Quatro/cinco horas curtindo a bunda na cadeira não é a experiência mais agradável do mundo, mas pode não ser a pior porque você vai estar dentro da sua roupa mais confortável (tecido tipo jeans é ORÍVEL) e com tua bolsa/mochila/baú/cartola contendo os seguintes itens:

- Água semi gelada (ou gelada se você tiver muita sorte de pegar um lugar perto de casa);
- Documento de identidade;
- Pelo menos três canetas pretas transparentes;
-Papelzinho com o nome da rua, do colégio e o número da sala (o papel com teu nome e número da sala vai estar na parede mas, acredite, você não vai querer olhar);
- Frutas [ESTAMOS EM ÉPOCA DE MORANGO! De preferência frutas que não sujem as mãos e não tenham sementes porque né, pode nascer uma árvore na sua barriga (mas você pode correr esse risco)];
- Sanduíche de pão integral sem/com patê? presunto? peito de peru? geléia (ferve água com açúcar e qualquer fruta aí com pectina)? ...? em potes/saquinhos transparentes;
- Algum doce pra comer na metade/fim da prova;
- Prendedores pra manter o cabelinho fora da visão.

Barrinhas de cereais DE VERDADE são bem mais caras que aquelas que só tem açúcar e gordura e que a gente pensa que é saudável, mas não é (mentirosas e também não são gostosas). Se for pra comer gordura e açúcar, VAMOS COMER CHOCOLATE, PÔ (não muito também, se não dá caganeira e lerdeza).

A dica suprema é sobre ler a pergunta antes do texto (querido professor Ivys Urquiza chama de comando da questão) e ficar de olho no relógio que vão colocar na lousa lá, destacando os adesivinhos conforme o tempo passa: 

Primeiro dia: 90 questões, 4:30 (dia tranquilo);
Segundo dia: 90 questões e 1 redação, 5:30 (dia desesperador).

Sobre o gabarito: faça as questões que tem certeza, pule as que não tem, quando acabar a prova, passar pro gabarito as certeiras e voltar pras duvidosas, passar pro gabarito assim que fizer cada uma das duvidosas. Ignore as pessoas que estão saindo, foque no relógio.

Ok, tem milhares de formas de fazer uma prova, mas acho que essa funciona pra mim porque nas últimas eu fiz aleatoriamente e é um caos achar as ainda não feitas e, vamos combinar, a vontade é de sair correndo junto com o bando de gente que começa a ir embora depois de passadas umas quatro horas.



Provavelmente também vão colocar um pancadão bem bom em volume dinossáurico, mas não perca tempo se irritando com isso, use a batida pra pensar com fluidez.

E as últimas considerações: tem prova todos os anos e, apesar de passar várias vezes pela cabeça que é uma chance única pra fazer a única coisa que você deveria fazer na vida (faculdade, trabalho, casamento, filhos, vida perfeita), definitivamente não é. Contanto que se tenha comida, o resto é lucro. E se não tiver, é perfeitamente aceitável plantar algumas ou trabalhar em troca delas. Mantenha-se em atividade com paixão porque, se você já viu o filme Click, sabe que no fim são apenas cereais.

22 outubro 2015

SHAKE. FOLD.

Joe Smith is an active figure in the Oregon community and a powerful advocate for proper paper towel use.

Girl Power

The director of communications for the non-profit Citizen Schools, Colin Stokes thinks deeply about the media he shares with his two young children.

21 outubro 2015

Kids shoes on the gritty floor

At the University of Pennsylvania, Angela Lee Duckworth studies intangible concepts such as self-control and grit to determine how they might predict both academic and professional success.




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Terry Moore is the director of the Radius Foundation, a forum for exploring and gaining insight from different worldviews.




A prolific short story writer and blogger since age seven, Adora Svitak (now 18) speaks around the United States to adults and children as an advocate for literacy.

Os sete pecados mortais do discurso

Julian Treasure studies sound and advises businesses on how best to use it.




1. Gossip;
2. Judging;
3. Negativity;
4. Complaining;
5. Excuses;
6. Lying;
7. Dogmatism

Honesty
Authenticity
Integrity
Love

20 outubro 2015

embrace your own ignorance

“Remember this thing that Neil deGrasse Tyson told Hazel back in 2012?
So many people only want answers. To be a scientist you have to learn to love the questions. You’ll learn that some of the greatest mysteries of the universe remain unanswered, and that’s the fun part. That’s the part that gets you awake in the morning and running to the office, because there’s a problem awaiting your attention that you might just solve that day. You have to embrace the unknown and embrace your own ignorance.
I hate it when people who believe in God or a “higher power” think atheists are dumb for “believing in science” because science still “can’t explain everything.” I mean, what could be more wonderful than that? Wouldn’t life be boring if everything were known to us?"

The Breakfast Club


Porque meramente existir é ignorar a essência daquilo que está ao redor.

19 outubro 2015

Du (Tu), Dudu (Teu id) e Edu (Teu ego)

A solidão não é o que parece e o que se faz pensar com essa palavra tão forte a primeira vista; a verdade é que ela provavelmente não existe, a não ser que você queira que ela exista.

Todos somos multifacetados, colecionamos psiques e apresentamos elas ao mundo em diferentes momentos muito mais próximos quando você é uma pessoa cheia de hormônios e para diferentes pessoas, o que só pode provar que existe um filtro entre o que fica dentro de você e o que fica fora. Dentro de ti não existe essa peneira, então é possível compartilhar qualquer sentimento odioso pelas atitudes de qualquer ser no universo, se dar conselhos de como não ser um ser odioso (ou ser, pra alcançar um objetivo) e as pessoas não saem cantando por aí "EU ME TRAÍ, ACREDITEI QUE ERA PRA VALER". Daí que toda essa informação é bem processada e as devidas consequências são medidas, o que garante que o processo seja efetivo e você não solte um "PUTA QUE O PARIU" na frente dos teus pais ou chame seu professor de cara chato enquanto ele está por perto (ok, ok, filtros também falham).

O mundo interior é o único em que se pode pensar durante dois dias seguidos no mesmo assunto sem ter medo ou a chateação de ter alguém te falando pra seguir em frente, o qual se pode viver na sofrência por motivos aparentemente inexistentes ou simplesmente deixar de fazer algo com a desculpa da preguiça sem receber um olhar que diz "FOLGADO". Você sabe que são reações plausíveis, mas se perdoa mesmo assim.

ew, mais gifs. ew, que petulância. ew, bitchface

Quando alguém se encontra nas situações citadas acima, existem as respostas padrões que esperamos (mas não desejamos) ouvir das pessoas e existe o instinto do seu melhor amigo você mesmo que sabe o que fazer contigo - que pode ser se torturar um pouco mais e não há nada de errado com isso. 

ATENÇÃO: SE A SUA SOFRÊNCIA PERDURA POR MAIS DE UM MÊS SEM INTERVALOS E ALTERAÇÕES DE HUMOR (PARA MELHOR), PROCURE UM MÉDICO.

Em situações mais específicas e complexas, o filtro entra em colapso e aquele que mora de cá dele faz absoluta nenhuma ideia do que fazer. O mundo novo de não saber como lidar consigo mesmo traz uma série de eventos desventurados que se propagam pros dois lados e é uma longa caminhada de joelhos em grãos de milho até que se descubra como consertar tudo, mesmo deixando alguns rastros de sangue pelos quais você provavelmente pode ter uma pontinha de arrependimento um dia "Oh não, eu sou muito orgulhoso, não deveria ter deixado meu sangue por aí"; rota ranzinza chamada Estrada Muito Louca ou Adolescência, como queira. 

Digamos que essa pecinha de nós mesmos vai se modificar muitas vezes ao longo da vida e talvez a primeira vez seja a mais difícil, mas vamos ter de nos adaptar a ela de novo e de novo; coisa que só Du, Dudu e Edu sabem fazer ou tem a capacidade de descobrir como porque, afinal, não é nem mesmo saudável sair usando peça dos outros em si mesmo ou obrigar os outros a usarem as nossas. E assim, tendo como melhor amigo para sempre você mesmo, pode ser o momento de apresentá-lo a alguém e esperar que possam trocar boas dicas de mecânica. 

O importante é que a solidão não precisa ser temida ou lamentada, porque ela sempre existiu e sempre vai existir, mesmo que fazendo companhia a outras solidões de outras tantas pessoas. Aprender a lidar com ela é o melhor negócio que se pode fazer, descobrindo seu novo melhor amigo: você mesmo.

18 outubro 2015

CARTA À MINHA FILHA: NÃO DEIXE QUE A ESCOLA TE ENSINE

2 DE ABRIL DE 2014 ● Via RESCOLA

Clarice querida,
O
mundo está mudando rápido. Bem mais rápido que as nossas escolas. Há tantas delas que ainda não perceberam que este mundo internético em que hoje vivemos é radicalmente diferente do mundo desconectado de algumas poucas décadas atrás e que nossa Educação agora pode e precisa ser muito melhor.



Mas é preciso querer ver a necessidade de mudar, e isso demora. Por mais que eu esteja otimista, não acho que os anos que te restam na escola sejam tempo suficiente para essa onda de renovação se espalhar pelo Brasil e chegar à tua sala-de-aula.
Vai ser por pouco… Você é parte da última geração de alunos da escola do passado. Ou seja, alunos de um modelo de educação igualzinho ao que eu tive, e que também foi o mesmo dos teus avós, teus bisavós, teus trisavós…
Mas se não dá para evitar que as manhãs da tua infância sejam gastas em aulas chatas e desestimulantes, você pode pelo menos ficar alerta aos defeitos desse modelo. Assim, enquanto você aproveita o que a escola pode te oferecer de bom, vai conseguir impedir que ela te ensine algumas coisas que a mim custaram muitos anos para desaprender.

Não deixe que a escola te ensine que conhecimentos podem ser compartimentados, separados em caixinhas, isolados uns dos outros.

Na escola do passado, a matemática acaba quando começa a física e a geografia acaba quando começa a história. No mundo, há biologia no esporte, matemática na música, história na literatura, gramática na programação de computadores… Por isso, depois de ver algo de perto, dê sempre um passo para trás, perceba as relações, enxergue o todo.

Não deixe que a escola te ensine que alguns conhecimentos são mais importantes que outros.

Na escola do passado, para cada aula de artes há duas de geografia e para cada uma de geografia há duas de matemática. Música, artes plásticas, esportes, religião, filosofia são tratados como matérias de “segundo time”. Quantos grandes artistas e esportistas foram vistos como maus alunos e forçados a abandonar seus talentos porque o conhecimento que lhes interessava não era o mesmo que interessava à escola! Persiga teus interesses mesmo que eles não interessem a mais ninguém.

Não deixe que a escola te ensine que há um momento específico para aprender cada coisa.

Na escola do passado, quem não consegue acompanhar a turma é tido como um fracassado e quem quer avançar mais rápido é freado, impedido. Ela exige que todos aprendam o mesmo ao mesmo tempo. Mas as pessoas não são todas iguais. Você pode ter mais facilidade que os colegas em um determinado assunto e menos em outro. Não deixe que te empurrem nem que te segurem. Respeite teu próprio ritmo de aprendizado.

Não deixe que a escola te ensine a decorar.

Informação x Conhecimento
Ao contrário, esqueça tudo que puder. O homem dominou o planeta porque foi capaz de fabricar ferramentas que estenderam os limites das nossas mãos e pés. Agora, fomos ainda mais além e fabricamos ferramentas que estendem os limites do nosso cérebro. Não precisamos mais desperdiça-lo usando-o como um depósito de nomes, datas e fórmulas; hoje podemos aproveitar todo o potencial dele para analisar, criticar e refletir o mundo de informações que podemos acessar com um clique. A Internet é o teu HD, o cérebro é o teu processador.

Não deixe que a escola te ensine a te contentar com pouco.

Na escola do passado, as consequências de tirar nota 10 ou nota 7 são as mesmas. O aluno excelente passa de ano da mesma forma que o mediano, com, no máximo, um elogio da professora. Assim, aos poucos os alunos vão ficando satisfeitos em “passar por média”. Nunca fique contente com a média. Dê teu melhor sempre, em tudo o que fizer (inclusive nesses poucos anos que ainda te restam na escola do passado). No mundo, ao contrário da escola, a excelência faz muita diferença.

Não deixe que a escola te ensine a acreditar que ela é suficiente.

A escola do passado lamentavelmente abdicou da missão de preparar os alunos para o futuro e se limita a tentar prepará-los para o vestibular ou o ENEM. Mas a tua vida produtiva começa exatamente depois desse ponto e para ser bem sucedida nela você precisará de muito mais do que ciências, matemática, português, história e geografia. O futuro vai exigir que você tenha uma boa noção dos teus direitos e deveres para cumprir teu papel de cidadã, conheça um pouco de economia para saber gerenciar teu dinheiro, aprenda sobre empreendedorismo para fazer tuas ideias virarem realidade, tenha consciência global para compreender teu lugar no mundo, domine a Internet enquanto ferramenta de comunicação e muito mais. Há muitos conhecimentos que não estão na escola. Procure-os onde estiverem.

John Lennon
Não deixe que a escola te ensine que provas são capazes de medir a tua capacidade e inteligência.

A história está repleta de gênios que foram tidos como maus alunos. Eles eram considerados incapazes nas suas escolas porque estavam à frente delas e, portanto, não podiam ser medidos pelos seus testes. As provas da escola do passado servem para provar quem está mais adequado ao mundo do passado.

Não deixe que a escola te ensine que você não tem nada a ensinar.

Na escola do passado os alunos são separados em séries de acordo com suas faixas etárias e isso praticamente impede a interação entre idades diferentes. Colegas um pouco mais velhos têm muito a te ensinar e, o que é ainda mais importante, os mais novos têm muito a aprender contigo. E ensinar é a forma mais eficiente de aprender. Quando um professor detém o monopólio do ensino, ele te rouba inúmeras oportunidades de aprender ensinando e ensinar aprendendo.

Caminho do sucesso
Não deixe que a escola te ensine que errar é ruim.

Provas fazem isso o tempo todo, sem que os alunos percebam. Do jeito que são feitas, elas servem apenas para apontar e punir nossos erros e desperdiçam a oportunidade de nos ajudar a aprender com eles. O resultado é que aos poucos vamos nos acostumando a não arriscar e a evitar erros a todo custo. Não há nada pior para o aprendizado do que o medo de errar. Erre! Erre de novo! Erre à vontade. Erre quantas vezes forem necessárias até acertar.

Não deixe que a escola te ensine a ser apenas consumidora de ideias.

A escola do passado se limita a ruminar as ideias dos outros. Diariamente, aula após aula, os alunos mastigam, engolem e digerem um enorme cardápio de informações. Não há nenhum espaço para que eles gerem conhecimento, produzam pensamentos, criem ideias, somem. Os alunos são tratados como se fossem incapazes disso e logo se convencem dessa incapacidade. O mundo do futuro é o mundo da troca. Nele, os bem sucedidos não serão os que forem capazes de acumular mais ideias, mas os que forem capazes de distribuir mais. Escreva, desenhe, cante, dance, filme, blogue, fotografe, pinte e borde. Crie, produza, pense, gere, compartilhe.

E o mais importante de tudo, minha filha: não deixe que a escola te ensine que aprender é a mesma coisa que ser ensinado.

Toda criança nasce uma esponjinha de conhecimento ávida para absorver os comos e os porquês de tudo que vê. Essa curiosidade sem fim, essa fome de aprender costuma durar até o exato momento em que ela passa pela porta da sala de aula da primeira série da escola do passado. É nesse momento que as crianças são convencidas que aprender não é experimentar, sentir e sujar as mãos de terra ou tinta, como faziam até agora, mas sim sentar silenciosamente em cadeiras alinhadas e ser ensinado por um professor que é o dono de todo o saber e que decide sozinho a hora de começar e de parar de estudar cada assunto. O aprendizado não vem mais da interação da própria criança com o objeto que ela está conhecendo. Agora, ele é “transferido”. A criança não faz mais perguntas, ouve respostas. A busca do conhecimento não começa mais nas interrogações dos alunos, mas nas afirmações do professor; o estudo não mais se inicia na curiosidade, mas na autoridade. A criança não está mais no comando do seu aprendizado, ela não é mais um sujeito ativo no ato de aprender, é um sujeito passivo do ato de ensinar do professor. Em resumo, a criança não mais aprende, é ensinada. Não abra mão da direção da tua vida. Viver é aprender e você tem autonomia (ou seja, a liberdade e a responsabilidade) para decidir o que aprender e, portanto, como viver. Não a ceda a ninguém.

Se você conseguir impedir a escola de te ensinar essas coisas, vai acabar descobrindo que vida escolar é diferente de vida de aprendizado. E então, terá a vida inteira para desfrutar dessa incrível Era do Conhecimento que está apenas começando.
Te amo.
Teu pai

17 outubro 2015

Mover para quarentena

Passar três dias longe de qualquer tecnologia (salvo a novela de noite) faz um ser humano pensar como nenhum outro (isso pode até ser base de belas piadas sobre como os computadores estão deixando jovens alienados), talvez descobrir sua própria existência física tridimensional e ainda faz os sonos melhores.

Preciso testar essa gravata
Um detalhe de se escrever é que dá pra ter sua consciência quase palpável, não é como se você pensasse e logo depois fosse apagado da memória por falha oompaloomica; as boas (relativo) novas (relativo) é que agora tenho um currículo (metade em branco) e uma camisa sem mangas.

E tem dias que as frases simplesmente não se formam muito bem na cabeça, o que significa que é hora de fazer fotossíntese.

13 outubro 2015

Um pássaro voando vale mais do que dois na mão

Chega a época de se apresentar para o mercado de trabalho, fazer um currículo, pegar o diploma, embrulhar o passado; talvez o meu "Forever" esteja de fato acabando.

É tão agradável me livrar daquele peso que eu mesma colocava sobre as minhas costas e toda aquela coisa cheia de dedos e apreensões que impedem que a gente simplesmente tire os sapatos e vá pisando no barro sem medo de ter aquele momento por completo; a vontade de que tudo seja sempre perfeito ou desejar tanto o impossível esmaga nossos corações e nos impedem de apreciar toda a imensidão de perfeições imperfeitas.

Todo esse tempo tentando coletar uma porção desses eventos felizes e desprezando as potenciais decepções chega ao fim com um grande tapa na cara e é esse impulso que você vai usar, não só pra sofrer o quanto tiver de sofrer, mas pra depois disso tudo conseguir enxergar que tem um monte de coisa que você não planejou minunciosamente esperando pra acontecer; vê se não tenta apagar todos eles dessa vez.

Talvez o meu "Forever" esteja só começando.

Editor’s Letter

12 outubro 2015

Pé esquerdo


Dor no lado esquerdo das costas, olho esquerdo inchado e dolorido (poeira 1 x eu 0), insônia e rinite.

Parece até que acabei de sair de um combate mano a mano, mas na verdade só passei o sábado e o domingo arrumando recibos antigos, livros, a autoestima e otras cositas mas. Domingo na verdade foi um dia agradável porque fomos comer macarrão folheado ravioli de carne com molho de tomate enquanto o guardanapo de pano era transformado em um tsuru derretido e tudo naquele bairro era tão agradável, com suas quitandas orgânicas e móveis de madeira (esperamos que seja reflorestada).

Tudo muito caro, nada que eu pudesse pagar com um real, então passamos reto.

No mais:


Tick tock goes the clock
To ENEM kick my ass

10 outubro 2015

OH MAH GAWWWW


Let's dance in style, lets dance for a while
Heaven can wait we're only watching the skies
Hoping for the best but expecting the worst
Are you gonna drop the bomb or not?

Let us die young or let us live forever
We don't have the power but we never say never
Sitting in a sandpit, life is a short trip
The music's for the sad men

Can you imagine when this race is won
Turn our golden faces into the sun
Praising our leaders we're getting in tune
The music's played by the, madmen

Forever young, I want to be forever young
do you really want to live forever? forever or never
Forever young, I want to be forever young
do you really want to live forever? Forever young

Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
why don't they stay young

It's so hard to get old without a cause
I don't want to perish like a fading horse
Youth like diamonds in the sun
and diamonds are forever

So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams swinging out of the blue
We let them come true

Forever young, I want to be forever young
do you really want to live forever? forever, or never
Forever young, I want to be forever young
do you really want to live forever? forever, or never

Forever young, I want to be forever young
do you really want to live forever?

[http://www.vagalume.com.br/alphaville/forever-young.html#ixzz3oB1tQQMZ]