29 outubro 2016

Manhã

Nada é mais como no Ensino Médio e nada é mais como no ano passado. Nos tempos de escola, acordar costumava ser uma tarefa estressante - principalmente no último ano, quando a pressão que o tempo fazia era intensa e eu chegava a ter sonhos comigo perdendo a hora e, consequentemente, a condução. Quando acabou, minhas manhãs passaram a ter horários livres (apesar de nem sempre desregulados) e meu sono costumava ser uma das últimas preocupações possíveis.

Nos últimos três meses, o despertador do celular tem tocado às 05:15. 

Abro os olhos, passo alguns segundos lembrando de pessoas e momentos que me deixaram feliz nos últimos dias e então vou direto pro quarto do meu pai, onde tem um espelho enorme no qual eu consigo um reflexo dos pés à cabeça - o que, convenhamos, não é muito difícil para quem tem 1,55 de altura. Pego um pente na prateleira e curvo as pontas do cabelo para dentro, para que ele não fique esvoaçado pelo resto do dia. A essa hora, papai já está acordado, fez café e agora reclama e procura pela casa o que fazer. 

Enxáguo a boca e lavo o rosto, pensando no que vou vestir hoje: quais roupas eu já usei essa semana? Quais estão limpas?. Pego o celular, levo até à janela da sala - onde tem alcance do wi-fi - procuro por "clima" no Google e checo a máxima temperatura por volta das 12h. Droga. 30ºC. 

Passo pela cozinha observando na mesa o que vou pegar para comer correndo e nela tem pães. Pães por todos os lados, nada mais que pães. Pão doce, pão francês, pão sovado. Entro no quarto e procuro uma calça jeans, uma camiseta, um casaco e um par de meias. Dentro do banheiro, visto tudo relativamente rápido e coloco o par de meias na janela da sala, porque é lá que estão os all stars brancos que eu vou usar hoje.

Lavo as mãos, pego um pedaço de um pão qualquer e como enquanto checo e respondo as mensagens do dia anterior. Papai me apressa, acrescenta cinco minutos à hora que marca no relógio analógico da parede da cozinha e eu revido, corrigindo o horário. Dentro da minha cabeça, no entanto, surge um senso de urgência e começo a verificar os itens principais; coloco cinco reais no bolso direito da calça, dez no bolso esquerdo, a chave de casa no bolso do casaco, vejo se na mochila tem o livro que devo à biblioteca, o livro para ler no metrô, a apostila de português, o caderninho, o estojo, a garrafa d'água cheia pela metade, a carteira com dinheiro, a carteirinha de estudante, o bilhete único e o guarda-chuva. 

Escovo os dentes, passo protetor solar no meu rosto que está ressecado de tanto dormir virada para o lado direito da cama e termino com um pouco de batom quase rosa porém vermelho que raptei ainda novo das bagunças da minha mãe. Passo pela prateleira com perfumes, pulo aquele que tem cheiro de armário de vó e escolho o único que gosto porque, apesar de não ser meu costume, ajuda, de alguma forma, a me sentir confiante.

Então já são 6:00 e é tempo de partir. Coloco os sapatos o mais rápido possível, a bolsa nas costas, faço uma cama improvisada para cada uma das cachorras, fecho a porta e desço as escadas correndo.

O caminho até o ponto é feito em iluminação precária, salvo pela luz da enorme lua cheia. Corremos, meu pai e eu, pela subida íngreme e esperamos os carros nos darem uma trégua até ser possível atravessar a rua. Esse lugar devia ter uma faixa de pedestres. Ao lado, os carros na rodovia em sentido contrário ao que estamos andando fazem o vento confrontar nossos rostos e cabelos, até que finalmente chegamos ao ponto, que está totalmente vazio.

Ônibus passam o tempo todo, mas só às 6:10 aquele que eu pego chega e então eu aceno para meu pai e dou o sinal para o motorista parar. Digo "Bom dia" com um breve sorriso, procuro um espaço livre para me encaixar sem ter problemas com equilíbrio e coloco o bilhete no bolso mais próximo. São quase trinta minutos em que penso novamente nos bons momentos que têm acontecido, no que fazer com o tempo livre, observo a paisagem que não mudou quase nada desde a primeira vez em que fiz esse trajeto e, com olhares furtivos, leio conversas de whatsapp alheias, observo as músicas em suas playlists e as notícias em suas timelines do Facebook.

Perto do terminal, me movimento com intenções de passar a catraca e o faço assim que paramos. Desço e, na caminhada até a escada que leva ao metrô, indianos, haitianos e brasileiros oferecem balas e acessórios para celular. Tem muitos passageiros fazendo o mesmo caminho que eu agora: dos seus respectivos ônibus até a entrada da estação.

Olho ao redor, procuro por alguém conhecido (para ter tempo de fugir), desço as escadas rolantes pelo lado direito, onde posso ficar parada. Ainda tem um espaço até a passagem e dá pra ver ao redor a fila para comprar bilhetes e pessoas fazendo o sentido contrário, chegando no terminal. Encosto o bilhete na catraca e duas luzes acendem: uma vermelha e uma verde. "Passe Livre".

Outras três escadas. Duas rolantes e uma normal, que é atalho aos primeiros vagões, em que dá pra ver os trilhos, já que nessa linha não tem condutor e tem menos pessoas do que nos do meio. Já tem um amontoado de gente na frente dos dois lados plataformas de embarque, então escolho a segunda, porque sei que lá tenho mais chances de conseguir um banco branco vazio, já que os cinzas são preferenciais. 

Quando as portas se abrem com um apito, todos que vêm do centro saem e então podemos entrar - nos primeiros segundos, é como uma dança das cadeiras gigante. A diferença de uma brincadeira é que não tem música e muitos dos participantes estão infelizes, cansados; quase ninguém conversa, a não ser com seus próprios celulares.

Um novo apito e estamos em movimento. Cada um, sentado ou em pé, acha um jeito de passar o curto tempo de deslocamento diário - com livros, celulares, tablets, simplesmente olhando pro nada ou, minha distração favorita, observando os trilhos. A mensagem gravada transmite avisos de como se portar nas estações e sobre o trajeto, enquanto um fluxo de pessoas entra e sai dos vagões.

No fim da linha, é a minha vez de descer. Passo os olhos nas máquinas que vendem bebidas, acessórios para celular, doces, pipoca e até livros. Me distraio observando os títulos e tomo cuidado para não esbarrar em ninguém, enquanto encaro mais um imenso lance de escadas. A normal tem menos gente e com certeza vai me deixar cansada, mas a rolante é lotada e não traz esforço nenhum. Escolho a mais fácil e prometo a mim mesma que da próxima vez a escolha será diferente. 

Levam alguns poucos minutos até chegar na plataforma e o processo de repete: escolher uma lugar conveniente (na frente da lixeira, onde a porta que dá bem de frente pra escada para), entrar, uma estação, sair, escada, catraca, escada. 

E barraquinhas vendendo café da manhã surgem, a Avenida, a igreja que sempre toca seu sino na hora errada, aquela árvore engraçada que tem o tronco trançado, as revistas da banca de jornal que sempre olho com desejo mas nunca compro. Eu vejo os bolivianos de bicicleta levando seus filhos pra escola e aquela senhora que cata lixo do lado da faculdade sorrindo, um sorriso infinito.

Mostro a carteirinha com meu nome aos porteiros, um bom dia a eles e o cenário muda completamente: agora são só prédios, alunos, professores. Vou pra sala, cumprimento conhecidos e espero nos corredores a aula começar.

28 outubro 2016

28/10/2016

Tantos dias sem escrever por quê... não sei.
Tenho tentado deixar de fingir e ser mais natural e sincera possível comigo e com aqueles que estão ao meu redor. Daí percebi algo: sou trouxa. Claro que eu já desconfiava, mas agora tenho provas e meu julgamento foi sentenciado.

Nos meus anos de fundamental, as crises existenciais foram tão fortes que eu reprimi e posterguei a descoberta da minha personalidade. Anos de solidão e solitude mais tarde serviram pra que eu a construísse e descobrisse fatos sobre minhas capacidades que eu nunca havia sequer desconfiado. Mas o fato é que, nesse meio tempo, escolhi errado as pessoas a quem me importar e dedicar meu tempo. Os únicos que pareciam realmente interessados em falar comigo eu ignorei - talvez por pensar "quem diachos iria querer falar comigo se ninguém mais quer?". Acreditei nos meus pensamentos por anos, até entender o quão idiota eu fui.

Aquela frase que ouvi do meu professor de redação nunca fez tanto sentido:
"Se você nunca está satisfeita, as pessoas se cansam."

NA 
HORA
DE
PARAR
DE
SER
TROUXA

Ser recíproca. Dar para as pessoas aquilo que elas te dão - se dão carinho, dê carinho. Se dão desprezo, ignore-as. Ignore-as e continue a vida, sem dar motivos pra que te odeiem e ter a consciência tranquila

22 outubro 2016

16/10 ~ 22/10

  • Algo que li:
Em seu primeiro livro, Paola Carosella conta sua história em receitas;
- Comecei a ler A Volta ao Mundo em 80 dias :D
  • Algo que assisti:
- Questão de Tempo;
TED's secret to great public speaking;
Your elusive creative genius;
Talk nerdy to me;
- Amy Cuddy: Your body language shapes who you are 
- Delicadeza do Amor;
- Elis Regina - Por Toda Minha Vida;
- The Big Bang Theory - S10E04~05
  • Algo que cozinhei:
- MA-CAR-RÃO;

- Cinnamon Rolls!
  • Algo pela saúde da alma:
- Um dia (sábado) sem internet.
  • Algo novo:
- Comecei um Bullet Journal :D
  • Um momento infinito:
Aquele em que você não quer dormir, por quê... há tanto para viver.
  • 20 segundos de coragem insana:
Ir pra faculdade em um dia sem aula e assistir sozinha uma palestra aleatória (Introdução à Organização de Eventos).

15 outubro 2016

09/10 ~ 15/10

  • Algo que ouvi:
- David Bowie - Soul Love;
- David Bowie - Lady Stardust;
- David Bowie - Starman;
M.I.A. - Paper Planes.

  • Algo que assisti:
- Lie to Me S01E03;
- Master of None S01E06~10;
- Quem quer ser um milionário?
- Greys Anatomy S11E03.
  • Algo novo:
- Cuca Fundida (R$ 4,00);
- A Volta ao Mundo em 80 Dias (R$ 3,00).

Tão confuso. Estive insensível quanto aos pequenos prazeres da vida. Bastante sono e uma pitada de desapontamento pessoal. 
Divertido, apesar dos pesares.

13 outubro 2016

13/10/2016

Here is the thing:

I have been very very lazy these past days. I mean, they have been good days because i'm talking with lots of people (a lot, of my point of view), but when i look at my academic life, it's everything on the road to be ruined.

The classes are boring, everybody looks know more than me, the people who i talk with don't seem to interested at the same thing that i am interested on. Kinda scary because that's my only road.

What to do?
That's the question.


Try to write and elaborate feelings and thoughts.



Everything is going to be alright.

10 outubro 2016

10/10/2016

Assistir Master of None, que ilustra os dramas da vida dos jovens adultos atualmente com 30 anos - tipo Girls -, me fez perceber que:
1) Eu realmente ainda não cheguei nessa fase da vida mas, é muito provável que eu sofra bastante com os mesmos dilemas de carreira e relacionamento;
2) Tenho que construir uma base sólida agora para os meus trinta anos.

E como eu me imagino em 2027, daqui onze anos? 
Meus planos, em teoria:
- Terminar a faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas em 2019, ano em que faço 22 anos;
- Talvez trabalhar e fazer cursinho na segunda metade de 2019;
- Fazer faculdade de biomedicina e terminar em meados de 2023, ano em que faço 26 anos.
- Engordar com saúde até ter uma estatura normal;
- Adotar uma criança em algum ponto;
- Viajar;
- Escrever um livro;
- Fazer loucuras (toda uma lista de loucuras).


Ps. ler The Bell Jar

08 outubro 2016

02/10 ~ 08/10

  • Algo que escrevi:
- Reflexões aleatórias, sem muita profundidade.

  • Algo que li:
- O Mistério da Casa Verde;
- Vários começos de livro, nada tão interessante.

  • Algo que ouvi:
- Playlist do filme Califórnia.


  • Algo que assisti:
- D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É;
- Modern Family S08E02~03;
- Greys Anatomy S13E02;
- Master of None S01E01~E05;
- Lie to Me S01E01/02;
- The Big Bang Theory S10E03.

  • Algo pela saúde do corpo:
- Subir escadas da estação de metrô correndo.
Ps. Percebi que agora fico menos cansada do que antes, andando a mesma distância que eu costumo andar. A ladeira da viela não é mais uma tortura tão grande.

  • Algo pela saúde da alma:
- Perder o medo de ser a pessoa que sou e que tenho orgulho de ser.

  • Algo novo:
- VOTEI PELA PRIMEIRA VEZ.
- Descobri partes da minha personalidade que eu nunca pensei que teria;
- Depois de Lie to Me, observar as pessoas no metrô nunca mais será o mesmo.

  • Um momento infinito:
- Perguntar com curiosidade genuína e - algo a ser trabalhado - não ter medo de demonstrar carinho antes mesmo de recebê-lo;
- Rir. Gargalhar por motivo nenhum.


  • 20 segundos de coragem insana:
- Dar chance aos acasos.

Esses dias percebi o quanto cresci. Em 2013, nessa época do ano, tinham inúmeras listas e promessas guardadas nos rascunhos do meu blog e tudo o que eu buscava, ao som de Clarice Falcão - Capitão Gancho, era uma mudança na rotina, uma faísca de protagonismo em uma vida figuranteEm 2014 eu estava fritando churros, tentando me dar conta de que aquilo era água e ouvindo Arnaldo Antunes - Contato Imediato. Em 2015, me descobrindo como uma fangirl da vida, transformando o passado em uma base sólida para um futuro e ouvindo Journey - Don't Stop Believin'. Hoje eu ouço Angelina Jordan - Fly Me To The Moon e me sinto livre.

    08/10/2016

    Esses dias percebi o quanto cresci. Em 2013, nessa época do ano, tinham inúmeras listas e promessas guardadas nos rascunhos do meu blog e tudo o que eu buscava, ao som de Clarice Falcão - Capitão Gancho, era uma mudança na rotina, uma faísca de protagonismo em uma vida figuranteEm 2014 eu estava fritando churros, tentando me dar conta de que aquilo era água e ouvindo Arnaldo Antunes - Contato Imediato. Em 2015, me descobrindo como uma fangirl da vida, transformando o passado em uma base sólida para um futuro e ouvindo Journey - Don't Stop Believin'. Hoje eu ouço Angelina Jordan - Fly Me To The Moon e me sinto livre.


      Apesar das inúmeras inseguranças, elas indicam que estou em movimento e que algo está mudando - que estou desconfortável, então estou fora da zona de conforto. Me sinto mais completa do que nunca estive, apesar de uma montanha de desafios pairar sobre os horizontes. É uma aventura e, pela primeira vez, eu sou a protagonista.

      08/10/2016

      Já faz um tempo que não tenho aquele tempo livre que eu costumava ter; no qual estou 100% descansada e disposta a praticar inúmeras teorias. Me parece que hoje é um bom dia para reconexão pessoal - ligar todas as partes do meu eu e ver um belo monstro de lego se formar.

      Acordei às 7 da manhã de um jeito estranho porque percebi que desde que comecei a estudar no centro da cidade parei de ter aqueles momentos matinais em que seus olhos abrem mas seu corpo ainda dorme e tudo o que você queria é mofar naquela cama. Só ir pra lá todos os dias é uma aventura. Tenho medo de que um dia eu vire uma adulta chata que não se impressiona com esses detalhes da vida.

      De qualquer forma: acordei, tomei um bom chá com um pão na chapa, lavei minhas roupas, comi banana com leite em pó + achocolatado em pó (EM PÓ), escutei Gloomy Sunday na voz de Angelina Jordan, escrevi sobre ontem, assisti um vídeo da Raiza do Dulce Delight com uma receita de bolo de chocolate (que enviei pra minha tia) e agora são 11h.

      Planos a serem postos em prática:
      - Fazer uma agenda de estudos;
      - Pesquisar sobre detecção de mentiras.

      07/10/2016

      As vezes finjo estar com sono pra não ter que ouvir e responder as pessoas.

      Então ontem mamãe fez frango com milho (quanto sarcasmo) em uma panela de ferro enorme e papai desconfiou: achou que era mais uma daquelas receitas malucas que ela costumava fazer em celebrações da umbanda.

      "[Ares de desdém] Parece frango de macumba.
      Esse frango aqui é pra comer?"

      "Não, é pra enfiar no cu."

      07/10/2016

      Foi um dia intenso - comecei ele gargalhando e terminei ele chorando.

      Descobri que minha capacidade de comunicação social é maior do que eu pensava (isso porque eu provavelmente estava sob efeitos de hormônios da felicidade ou algo do tipo) e que, afinal, todos esses anos lendo sobre os sentimentos humanos realmente tiveram sua pontinha de serventia - apesar de eu ainda me culpar por não tê-los usado mais. Flashbacks cruzam meus pensamentos a todo momento e isso me deixa doida. Penso a todo momento o que eu poderia ter feito de diferente, o que eu deveria ter feito que não fiz. Me pergunto se fui realmente quem eu sou ou era apenas uma capa que usei tentando combater os medos que tive durante anos. Ou que pensava que tinha.

      De qualquer forma, criei uma situação desconfortável por levar a vida tão a sério as vezes. Esse medo de não saber quando demonstrar que me importo, de dar carinho às pessoas. 

      1) Motoristas de ônibus em breve não pararão mais pra eu entrar. São gentis, eu fico com medo e dou vácuos enormes que me fazem parecer uma vaca esnobe;
      2) Tento ser legal demais e depois acabo destruindo tudo que construí;
      3) Tento me aproximar das pessoas e elas não me correspondem, então percebemos desconfortavelmente que vivemos em mundos diferentes. Pelo menos eu percebo, me decepciono. E é desconfortável pacas;
      4) É difícil demais conversar comigo já que, aparentemente, eu viajo na maionese;
      5) Tentei tanto ser antes um para viver a dois que agora sou apenas um e é um desafio mudar isso.
      6) É estranho estar rodeado de pessoas em um instante e no outro não há ninguém que realmente se importe. 


      "Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."
      Fernando Pessoa

      "Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível."
      Fernando Pessoa  

      06 outubro 2016

      06/10/2016

      O que eu estou fazendo com a minha vida?

      Minha timidez me fez ver a infância como um mar de descontentamento: eu tinha o desejo de ser notada e de me fazer notar, mas o medo dentro de mim era tão grande que me fechava para o mundo; assim passei as várias oportunidades que apareceram nos meus jovens dias - observando aqueles que tiveram a coragem que eu pensava nunca ser capaz de alcançar.

      Ter essa atitude foi suportável pelo resto do período escolar, apesar das perdas. Depois suportável pelo tempo que passei em casa - bem simples passar oportunidades quando você pode fingir que não as vê. E então chega o momento em que eu finalmente sou impulsionada pra fora do meu casulo e... veja só, é terrível.

      Terrível talvez não seja a palavra certa a se encaixar nessa situação, já que meu cérebro costuma trabalhar de forma otimista. Digamos, está sendo difícil. Meu humor oscila bastante e faz com que um dia eu veja o mundo encantadíssima e no outro cética pacas.

      É difícil elaborar pensamentos agora - minha cabeça dói e eu ainda nem almocei.

      A verdade é que a cada dia eu me surpreendo com minha capacidade. Tanto para o bem quanto para o mal.

      Uma hora sou divertida, sorridente, simpática.

      Outra sou chata, confusa, fechada.

      Como fazer com que o lado certo vença?
      Eu não faço ideia.

      01 outubro 2016

      25/09 ~ 01/10

      • Algo que escrevi:
      - Provas. Provas por todos os lados.

      • Algo que li:
      - Ainda lendo O Mistério da Casa Verde :)

      • Algo que ouvi:
      - Nancy Sinatra / Angelina Jordan - Bang Bang (My Baby Shot Me Down);
      - Joan Jett - BAD REPUTATION;
      - Trilha sonora do filme Califórnia.


      • Algo que assisti:
      - Freaks and Geeks S01 :');
      - Greys Anatomy S13E01;
      - Garota, Interrompida;
      - Modern Family S08E01;
      - The Big Bang Theory S10E02;
      - Califórnia (2015).


      • Um momento infinito:
      - Ter 18 anos. 
      • Algo novo:
      - Uma aula de Iniciação Espírita :)
      - Guiness Book 2015 por R$ 10,00 (desejo antigo de ter um desses em casa).

      Percebi que as pessoas não são tão más assim e que eu preciso urgentemente de organização. 
      Meus pensamentos estão avoados, mal posso alcançá-los.

        01/10/2016

        Califórnia. Tava procurando por esse filme há meses - nenhum site tem online mas hoje, finalmente, tomei coragem pra baixar.
        O que eu tenho pra dizer sobre o filme? É uma delicinha. Quer dizer, as cenas das três amigas conversando são bem forçadas mas aquelas músicas de fundo e os clichês adolescentes. Ah, aquele clima adolescente do Brasil dos anos oitenta.

        - Califórnia;
        - Somos tão Jovens;
        - Hoje eu quero voltar sozinho.