31 agosto 2015

Oompdate

Updates da minha vida por e para mim mesma.

Vejamos, fui em uma festinha amigável de aniversário da prima querida em um lugar bem estonteante no meio de São Paulo, cheio de verde e casinhas com telhados de madeira, campos de tênis(?) e churrasco. Lembrete pessoal de comer mais em festas. E com comer mais quero dizer doces.

Nos dias depois desse tudo o que tenho a dizer é Lorde, Tavi Gevinson, noites mal dormidas, frio de inverno, calor de verão e estudos sobre a história do Brasil.

Hoje, como um bom dia, fiz um tour pelas redondezas. Ficamos (eu mamãe) em fila de banco até bater aquela fome cotidiana, o que nos fez comprar uma marmita de R$14,90 com feijão que tinha um gosto de manteiga e abóbora, um arroz temperado com abobrinha, cenoura e salsinha, uma linguiça que parecia bacon e a tradicional saladinha de tomate com alface crespa, Compramos uma bela cadeira de escritório de duzentos e tantos que foi montada facilmente com um manual visual - nada de texto, my dear. Permaneci com cara de tacho quando me ofereceram e fui oferecida pra formar uma família com cheiro de tradição chinesa e, no fim, passeei por um lugarzinho que parecia um tesouro no meio de São Paulo.

Sem contar que meu Kit Kat foi comido pela Lola.

E isso é tudo pessoal.

10 agosto 2015

Periplaneta americana vs. Homo sapiens


Depois de montar uma cama pra minha mãe junto com meu pai no quarto e mudado quase todos os móveis de lugar sem necessidade e colocado de volta - mesmo com um cortinho maroto incomodante no dedo de limpar as grades do fogão -, estava eu, com os olhos fechados, prestes a dormir.

Eis que algum instinto sobrenatural me faz entrar em estado de alerta: salto da cama e ligo ligo a luz pra encontrar uma barata medonha em cima do criado-mudo. Pensei rapidamente que, se eu matasse ela ali, iria sujar tudo (ninguém iria limpar e eu iria dormir com a barata do meu lado) ou, na melhor das hipóteses, eu iria dormir do lado da cena de um crime. 

Fiz um movimento brusco pra mostrar que aquele território já tinha dona. Grande erro, uma vez que ela foi pra baixo da cama - que fica do lado da parede - e sumiu. Procurei, fiquei remoendo aquele medo de dormir no quarto com ela ainda viva e estava quase desistindo porque, afinal, já era mais de onze horas da noite. Pra garantir, passei um pano com desinfetante verde neon e água e depois um pouco de vinagre debaixo da cama.

Pensei: "Pelo menos vou tirar essa cortina da janela porque vai que ela cai em mim que nem da última vez". Abri a cortina e LÁ ESTAVA ELAAAAAAAA, EM PÉ (NÃO SEI COMO) NO VÃO DA JANELA FECHADA, OLHANDO PRA MIM. Tentei acertar o vão com o rodo, mas ela correu pra parede do lado da minha cama. Peguei o pano, enrolei no rodo e tentei acertar de novo, mas ela correu pra cozinha.

TERRIBLE MISTAKE, SWEETIE. Bati nela com o rodo como quem tem o sangue frio de um líder gângster ameaçado e, quando ela escorregou pra baixo da geladeira e eu não vi, pensei que ela tinha literalmente sumido e tinha ido buscar reforços pra vingança. Depois que tirei ela de lá joguei detergente e vinagre, só pra garantir (ela ficou lá no chão da da cozinha até a manhã do dia seguinte).

Fiquei com dó. Ela não precisava ter sofrido tanto. Tudo culpa da seleção natural.

Ps. Depois desse momento desisti por aquela noite e completamente de ser bióloga;
Ps.2 Estejam avisadas vocês outras sobre o que acontece quando alguém invade meu criado-mudo sem permissão.

06 agosto 2015

Estamos no futuro


Esses anos várias coisas futurísticas pipocaram pelas notícias; tecnologia vestível (Apple Watch, Google Glass), colonização de Marte(2023), vídeos 360º no Youtube.

O primeiro vídeo 360º que vi foi o da Björk e hoje de manhã saiu um do Brasil, do canal da Flávia Calina, a prova que estamos no FUTURO! Apesar de ser um pouco diferente do que se imaginava com "De Volta pro Futuro", aqui estamos: ano 2015, algumas coisas voam, roupas podem vir em spray, temos videoconferência e touch screen acessível por um preço relativamente acessível (por R$350 já conseguimos um modelo simples de celular, cara!).



01 agosto 2015

Eu não sei o que significa hootenanys

Tive dois sinais que me alertaram sobre uma possível recaída sobre o vício de internet. O primeiro foi Jubilut falando sobre usar a internet de forma crônica e o segundo, a Tavi de 12 anos: "I took a couple days off from the internet for the sake of schoolwork and friends and holiday hootenanys and origami".

Isso me faz realmente pensar que estou viciada há muito tempo; tive uma recaída e provavelmente não notei por estar anestesiadamente consternada, talvez. O fato é que eles estão certos e é a hora de se livrar um pouco dessa dó de mim mesma e fazer algo, porque mesmo a geração Z - a qual pertenço - não separando o mundo real do virtual, acho que só vivi um deles e esse é o meu motivo pra não saber distinguir os dois.

Acho que é melhor como um band-aid.

(n.) celebratory event held in the southern United States and possibly featuring some of the following: home-brewed hooch, straw hat, people 'dipping' socially, banjo, air boat, shotgun, confederate flag. interestingly enough, it tends to be wild, uninhibited and dionysian despite the socially conservative views of most of its participants
http://pt.urbandictionary.com/define.php?term=hootenanny

Foi mal aí


Essa foi a semana mais culturalmente agitada da minha curta vida jovem. Um livro completo da Lena Dunham, dois começados, um Orange is the New Black e o outro Til, uma temporada de 12h de Sense8 e três músicas de Pure Heroine (Royals não incluída), da Lorde.

Minhas costas e meus ombros doem de dormir em um colchão duro no chão e carregar um três quilos de tecidos... ou seriam 5? Ontem fomos - eu e minha querida mãe - pro centro da cidade de ônibus, trem e metrô e descemos na estação enorme do Brás em que tinha uma exposição de roupinhas do tamanho de fichários, réplicas de vestuários de filmes como Alice no País das Maravilhas e até o famoso vestido branco da Marilyn Monroe (jurava que o nome dela era Marlyn, fui enganada minha vida toda).

O saldo desse dia, além de ver a estação mais grandiosa depois da Estação da Luz e ver minha mãe ter algum tipo de alucinações em pró da minha socialidade com o mundo pensando que conversas se transformariam em - insira o nome de uma história de amor contemporânea aqui-, foi a seguinte história:

Enquanto estávamos carregando sacolas de plástico pesadas como camelos em linha reta esperando que a estação de metrô chegasse o mais rápido possível, paramos em uma parte sem saber se devíamos seguir em frente ou virar pra direta. Eis que minha mãe para uma senhora e pergunta:

- Moça, pra onde fica o metrô?
- Vira à direita aqui e segue reto. Desculpa a boca fedida.
- Hmm, mag... nad... obrigada.


E o que se seguiu foi o seguinte:

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Ps. Decidi que quero começar a praticar (não agora, mas em um futuro próximo) kung fu ou alguma luta do tipo, justamente por causa da Sun. Suspeito que 70% das pessoas que assistiram a série estão se matriculando já em uma academia de luta.