A pressão faz você querer que tudo acabe.
E daí você conta os dias pro fim, os almoços que faltam, os dias úteis. E reclama, pensando que tudo é ruim.
Então o as coisas passam a se amenizar ou você aceita melhor os problemas. Mas já é o fim, já acabou, já passou.
Cada dia é o fim de algo e por um desses dias já não existe mais nada.
É por isso que eu odeio finais.
Hoje foi um final fake de terceiro ano. Tinha espuma, gritos estridentes, lágrimas, abraços e minhas apostilas.
Nunca gostei de finais, de despedidas, de quando as pessoas se debulham em lágrima se algo vai mudar. Talvez seja insensibilidade, mas sempre achei que lágrimas remetessem a algo triste e melancólico, talvez até mesmo dramático.
Tudo o que eu mais queria era acabar com tudo isso e, por incrível que pareça, acabou. Sabia que iria sentir um certo vazio, mas ver tudo acontecer é tão... estranho.
As saudades vão ser das aulas motivacionais, de estar naquela específica sala, naquele específico colégio, naquela época. Tenho saudades de épocas e sentimentos, não especificamente pessoas. É o que eu acho mais estranho em mim.
Épocas, momentos e lugares são construídos sem a interferência tão direta das pessoas. As coisas simplesmente acontecem e é esse o melhor delas.
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