30 outubro 2014
11 outubro 2014
Xuros
Finalmente acertei em uma receita.
Hoje acordei bem tarde pro normal, nove e meia. Depois, algo na minha cabeça disse "FAÇA AGORA, SE NÃO DEPOIS VAI FICAR COM PREGUIÇA", então peguei uma receita de churros no Tudo Gostoso, fiz o beijinho de sempre com uma lata de leite condensado que estava aberta jogada na geladeira e provavelmente ninguém iria comer nunca mais e comecei a medir os ingredientes pra não me arrepender de novo de ter feito algo que precisa fritar.
Então, eis o que saiu:
Com ajuda de uma daquelas canecas de sopa/chá, 200ml de água entrarão em uma panela média. Depois da caneca seca do um pano de prato, ajudará a mesma quantidade, agora de farinha de trigo normal, sem fermento, a entrar no recipiente.
Depois, uma colher de sopa de açúcar, uma colher de sopa e manteiga e uma colher de sopa de sal.
E FOI AI QUE EU ERREI, PORQUE ESQUECI DE DIVIDIR A RECEITA PELA METADE. FICOU BOM, PORÉM, MAIS SALGADO DO QUE DEVERIA ESTAR.
O correto seria meia colher de açúcar um tanto generosa, meia colher de manteiga um tanto generosa e meia colher de chá de sal, nem tão generosa assim.
Em fogo médio, a mistura de água + manteiga + açúcar + sal vai ficar totalmente líquida, e então entra a formosa farinha de uma vez, sendo essa mistura mexida bem rapidinho e cozida até ficar homogênea, firme e desgrudando totalmente da panela.
Claro que a panela, se não for antiaderente, pode ficar horrível. Quando a massa estiver pronta deve ser deixada em um recipiente a parte e a panela, que vai receber uma mistura de água e detergente, será colocada no fogo e todo o fundo de massa grudada, com a ajuda de uma colher, vai se amolecer e soltar.
A parte tensa vem agora: fritar. O óleo, além de ser ruim pra saúde (descobri que, conforme reutilizamos esquentando ele, o teor de gordura trans sobe), é perigoso e pode desandar tudo, por isso todos os seus segredos devem ser desvendados antes de manuseá-lo. Nem sempre da pra saber tudo sobre ele, então pelo menos se esquivar dos seus ataques.
As bolinhas de massa se transformarão em cobrinhas bem fininhas e compridas e menos de um dedo de óleo, em uma panela grande, vai esquentar bem em fogo médio-alto. Quando uma parte miúda da massa entrar em contato com o óleo e começar a fritar, é hora de jogar as cobrinhas (ou nematoides), duas por vez. Ao serem giradas, vão tomar cor e, quando bem douradas, serão jogadas em cima do papel toalha.
Jogadas ao açúcar e canela, com brigadeiro, leite condensado, doce de leite, beijinho, vão suprir o vazio existencial de toda uma geração.
Ps: o churros normalmente tem um aspecto de massa crua por dentro.
07 outubro 2014
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Estranho como certas vezes não há nada para sentir.
Tudo o que fiz esses últimos dias foi esperar tudo passar - as aulas tediosas em particular. Nada foi muito emocionante ou significativo. Claro que existir é algo com sua própria magia e glorificação, mas é um grande desperdício de vivacidade existir desta maneira.
Quando se vive constantemente focado em seu Eu interior, tudo parece extremamente comum e voltado a realidade presente. Parece que todo o diferente e possível some das vistas, como se o que todo o mundo fosse uma enorme ilusão. Temos de nos relembrar constantemente: isso é água. Isso é água.
Acho que a rotina nos faz perder essa capacidade de se dar conta de isso é água.
Deixando a parte reflexiva da vida um tanto para o lado, gostaria de procurar energia - parece que a minha se esvaiu e nem sei como recuperá-la. Parei de escrever por um tempo e parece que minha velha forma de escrever frases duras, sem sentimentos e chatas voltou (ou nunca tinha ido embora).
Para falar a verdade, não sei o que escrever aqui. A apatia é grande.
Para falar a verdade, considero esse ano um grande fracasso. Apesar de ter tido meus 20 segundos de coragem insana, ter começado a ter uma certa independência das pessoas (ainda insuficiente, diga-se de passagem), ter meu tempo tomado com algum lugar para estar - o que me prepara para algum desses planos de futuro que algumas pessoas consideram normal e ideal -, sinto que não fiz quase nada por mim.
Lembro quando tinha um vício magnético grau 7 em computador e meu cérebro me deixava ansiosa para voltar, porque se não voltasse iria perder algum detalhe e isso seria horrível.
Isso tudo vale a pena?
Vale a pena ignorar o mundo pra terminar um algo que alguém te cobra e você não gostaria de fazer? Vale a pena deixar de passar tempo com pessoas porque não pode parar? E vale a pena estar constantemente em movimento, porque se parar as coisas mudam sem você perceber?
Um grande desejo pela humanidade é que todos vivessem de acordo com suas aptidões, que todos identificassem aquilo que realmente amam e explorassem toda a sua capacidade naquilo que fazem. Isso sim seria um intenso sabor de liberdade.
Engraçado como eu enjoo do que escrevi quando releio. Mas me recuso a apagar.
Testando
Faz um bom tempo que não venho aqui.
Por mais que as provas tenham tomado grande parte do meu tempo e da minha energia, acho que me esqueci um pouco de como é escrever para mim mesma, tomando um tempo para me organizar e entender o que se passa dentro de mim.
Meu, Minha, Me, Mim. Eu.
Perdi a prática de como escrever sobre o mundo em primeira pessoa de forma não tão egoísta.
Tenho levado a vida como quase todo mundo: dia após dia, esperando acabar. O fim não seria da vida em si, é claro, mas o momento em que você almoça para se manter vivo, se mantém acordado pra não levar bronca do seu chefe/professor, mantém uma posição de tortura por necessidade de alcançar algo que nem sempre existe.
A única coisa que me faz viva no momento é a volta das séries e a descoberta do MasterChef. Pode parecer ridículo, mas depois de tanto tempo fazendo algo que simplesmente não me proporcionava nenhuma diversão e muito estresse desnecessário, isso ajudou.
Arnaldo Antunes - Contato Imediato
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZOgeWOds-Ek
Por mais que as provas tenham tomado grande parte do meu tempo e da minha energia, acho que me esqueci um pouco de como é escrever para mim mesma, tomando um tempo para me organizar e entender o que se passa dentro de mim.
Meu, Minha, Me, Mim. Eu.
Perdi a prática de como escrever sobre o mundo em primeira pessoa de forma não tão egoísta.
Tenho levado a vida como quase todo mundo: dia após dia, esperando acabar. O fim não seria da vida em si, é claro, mas o momento em que você almoça para se manter vivo, se mantém acordado pra não levar bronca do seu chefe/professor, mantém uma posição de tortura por necessidade de alcançar algo que nem sempre existe.
A única coisa que me faz viva no momento é a volta das séries e a descoberta do MasterChef. Pode parecer ridículo, mas depois de tanto tempo fazendo algo que simplesmente não me proporcionava nenhuma diversão e muito estresse desnecessário, isso ajudou.
Arnaldo Antunes - Contato Imediato
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